As entrevistas da ACEO – nº 10: Takane vê com otimismo o cultivo de orquídeas no Ceará

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O Prof. Takane ministrou curso na ACEO em junho de 2007.

O Boletim ACEO, em seu nº 14, datado de 20 de setembro de 2008, retomou a série de entrevistas com personalidades ligadas ao mundo orquidófilo brasileiro. Dessa feita, o entrevistado foi o Prof. Roberto Jun Takane, um amigo da ACEO, que já ministrou cursos para os orquidófilos cearenses e que enriqueceu, com sua presença, o I FestOrquídeas de Fortaleza, em novembro de 2007.

Takane é engenheiro agrônomo, produtor de orquídeas em Atibaia/SP e autor de livros como Cultivo Moderno de Orquídeas (Phalaenopsis) e Técnicas e Preparo de Substratos. Aqui, ele fala de seu trabalho e repassa experiências.

ACEO – Qual a importância das orquídeas na floricultura brasileira?

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As entrevistas da ACEO 04: René Rocha, um amante das orquídeas no coração das Minas Gerais

José René Rocha, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, na área de Ciências Biológicas, é um homem de muitas habilidades. Tem licenciatura em Educação Física, é micro-empresário, já foi músico profissional e pintor de aquarelas. Atualmente, dedica-se a escrever e a cultivar orquídeas. JRR foi o entrevistado da edição nº 6 do Boletim ACEO.

ACEO – É difícil conciliar educação e orquidofilia?

René Rocha – Não, atualmente, já que estou aposentado. Porém, para um professor atuante, fica realmente complicado, pois essas atividades exigem muita dedicação e tempo disponível.

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Para salvar a Serra de Uruburetama

Veja o vídeo produzido, na serra de Uruburetama, pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), em parceria com a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO).

Realizado pela Eclipse Filmes, o documentário realça a beleza da Cattleya labiata e traz um alerta sobre a degradação do ambiente natural naquela serra, que já perdeu amplas áreas de mata nativa. A Cattleya labiata é uma das orquidáceas que ali (ainda) florescem, mas que poderão desaparecer em curto prazo, caso prossiga a derrubada das matas.

O vídeo reúne, dentre outros, os depoimentos do presidente e do vice-presidente da ACEO – respectivamente, Italo Gurgel e Arilo Veras, e do ex-presidente Waldir Lima Leite. O geógrafo Arilo Veras é também o atual Coordenador de Controle e Proteção Ambiental da Semace.

As entrevistas da ACEO 09: Lima Verde, memória viva da orquidofilia cearense

Engenheiro agrônomo e botânico taxonomista, Luiz Wilson Lima Verde é um homem da Ciência. Mas nem a objetividade e isenção da Ciência abalam sua forma apaixonada de encarar as orquídeas. Ligado ao Departamento de Biologia do Centro de Ciências da Universidade Federal do Ceará, ele se dedica aos estudos florístico-fitogenéticos dos vários ecossistemas cearenses, identificação taxonômica das espécies constantes desses ecossistemas (incluindo orquídeas e bromélias) e estudos sobre as abelhas nativas sem ferrão do Ceará, no que se refere às espécies por ecossistemas e suas relações com a flora local. Atual Diretor Técnico-Científico da ACEO, Lima Verde faz, nesta entrevista, um breve histórico da orquidofilia no Ceará e fala de seu trabalho como orquidólogo.
ACEO – Você, que é testemunha e personagem do movimento orquidófilo no Ceará, há muitos anos, poderia contar como tudo começou?
Luiz Wilson Lima Verde – O cultivo de orquídeas no Ceará remonta, pelo que sabemos, às primeiras décadas do século passado. Em Guaramiranga, as famílias Linhares e Matos Brito cultivaram-nas, inclusive em ripados. Em Maranguape, área serrana, o pai do nosso companheiro Pompeu de Souza Brasil também cultivou a nossa Cattleya labiata, mais ou menos no mesmo período. Supomos que nas décadas seguintes uma ou outra pessoa, em Fortaleza, também se dedicou ao cultivo dessa espécie. Com o surgimento dos jardins de comercialização de plantas ornamentais, no final da década de 60 para início de 70, deram-se os primeiros contatos entre os amantes das orquídeas, embora esses contatos também se estabelecessem entre pessoas que já se conheciam, como foi o caso do Waldir, o Sr. Gerardo (seu sogro) e eu. O certo é que em 1977 já havia um número maior de entusiastas, que se conectavam nesse sentido e o passo seguinte foi a criação da Sociedade Cearense de Orquidófilos (SCO).

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As entrevistas da ACEO 08: Apolônia Grade – lições de amor às plantas e respeito à natureza

A bióloga e engenheira ambiental Apolônia Grade, de Alta Floresta, Mato Grosso, é a entrevistada do Boletim ACEO de fevereiro (2008). Em conversa com Vera Coelho, ela fala sobre como cuida de suas plantas, na Chácara Recanto das Orquídeas, um verdadeiro templo da devoção à natureza.

ACEO – Morar num “paraíso” é desejo de muitos e privilégio de poucos. Conte-nos como o seu paraíso aconteceu.

Apolônia Grade – Eu costumava brincar, dizendo que enquanto os outros se preocupam em garantir o paraíso na próxima vida, eu busquei o meu agora. Mas Hoever me proibiu, dizendo: “Olha, o Paizão lá em cima pode levar isso a sério, e aí…” Parei com a brincadeira! O paraíso não veio de graça, foi construído dia-a-dia, com muito trabalho, muito suor. Quem conheceu a chácara antes da nossa chegada sabe testemunhar o quanto de trabalho foi necessário para que a transformação acontecesse. O importante é que aconteceu, e toda a família curte muito, junto, trabalha junto, e o que de melhor temos aqui é a harmonia.

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As entrevistas da ACEO 07: José Francisco Vannucchi – nas listas e associações, uma grande roda de amigos

Na última edição de 2007, a de nº 8, o Boletim ACEO entrevistou José Francisco Vannucchi, vice-presidente do Clube dos Amigos da Orquídea de Vinhedo-Valinhos (CAO-ViVa) e moderador de uma lista de discussão que já reúne mais de 1.600 associados. JF, como é conhecido, falou de sua paixão pelas orquídeas e do entusiasmo pelas associações orquidófilas.

ACEO – Como despertou seu amor pelas orquídeas?

José Francisco Vannucchi – Desde criança gosto de plantas em geral. Minha mãe sempre teve algumas orquídeas, mas ainda não havia em mim o interesse especial por elas. Em 1970, em Catanduva, fui conhecer D. Helena Trica, presidente da associação local, e seu orquidário. Saí encantado e com uma porção de plantas. D. Helena ficou entusiasmada com o novo afilhado e me inscreveu como associado do Círculo Rioclarense de Orquidófilos, para que eu pudesse receber o Boletim do CRO. Em 1971, estando na região de Rio Claro (SP), fui assistir a uma reunião do Círculo Rio-Clarense, quando conheci pessoalmente o Gilberto Dória do Valle, o Prof. Francisco Anaruma e o meu querido amigo Evaldo Wenzel. Em 1972, em São Paulo, ingressei no Círculo Paulista de Orquidófilos, entidade da qual cheguei a ser presidente. Foi no CPO que convivi com grandes orquidófilos do passado, como os saudosos João Vaz da Rocha, Heitor Gloeden, Joaquim Coppio Filho, José dias de Castro, Alfredo Francisco Martinelli, Augusto Fernandes Neves e muitos outros. Vou até parar de citar nomes, pois são muitos e não quero cometer injustiças com omissões, apesar de involuntárias.

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As entrevistas da ACEO 06: Dr. Darly – preservando e ensinando a reproduzir orquídeas

Dr. Darly Machado, cirurgião dentista, orquidólogo e Presidente da Associação Brasileira de Orquidólogos – ABO, é o entrevistado da oitava edição do Boletim ACEO. Amante da natureza e profundo conhecedor das orquidáceas, ele fala de como cuidar das orquídeas, como reproduzi-las, e alerta para a necessidade de se proteger o habitat dessas plantas.

ACEO – “Melhor prevenir do que remediar”. O ditado se aplica também ao cultivo de orquídeas?

Darly Machado – Já escrevi uma matéria sobre este tema e saiu na Mundo das Orquídeas, em números passados recentes. Apenas troquei o termo remediar por envenenar. É o que vemos com freqüência no meio orquidófilo, quando as indicações para tratamento de pragas e doenças são feitas sem o cuidado de um diagnóstico correto, que inclua exames de laboratório de fitopatologia. Freqüentemente vejo as orquídeas de cultivo caseiro “doentes de remédios”, como diz Chamboursou. Aplica-se um inseticida quando o problema é com fungo ou então um fungicida quando deveria ser utilizado um bactericida e assim por diante. E as orquídeas vão sendo cada vez mais envenenadas.

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