As entrevistas da ACEO 05: Adarilda Benelli e as orquídeas – conhecer para preservar

Bióloga e pesquisadora do herbário da Universidade Federal de Mato Grosso, Adarilda Petini Benelli foi a entrevistada do Boletim ACEO nº 7, de 20/10/07. Ela conversou com Vera Coelho, tesoureira da ACEO, e falou da emoção de descobrir uma nova espécie de orquídea.

ACEO – O que a Biologia representa em sua vida?

Adarilda Benelli – A Biologia é uma ferramenta fundamental para compreender as formas de vida que existem sobre a Terra e com elas conviver em harmonia. É impossível preservar o que não se conhece. A Biologia, através das diversas sub-áreas em que se divide, propicia-nos conhecer as razões do que acontece conosco, desde as mais simples interações com os insetos e plantas até os mais complexos processos do nosso organismo, essa maravilhosa máquina de vida.

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As entrevistas da ACEO 03: Carlos Gomes, um entusiasta da Laelia purpurata

Carlos Gomes, orquidófilo catarinense, é o “pai” de algumas das mais belas Laelia purpurata presentes em coleções de todo o País. Entrevistado por Vera Coelho, para a quinta edição do Boletim ACEO, de 19/08/07, ele fala de sua paixão pelas orquídeas e de como dedicou sua vida a essas plantas, reunindo uma coleção que já alcança cerca de 100 mil plantas.

ACEO – Quando e como surgiu a idéia de cultivar orquídeas?

Carlos Gomes – Desde pequeno, sempre colecionei coisas. Depois de adulto, tive uma fase de motociclista, em que quase virei mecânico de motos. Em seguida, foi a fase de fotógrafo, quando cheguei a ter um laboratório para fotos em preto e branco. Casado, comecei a cultivar plantas no apartamento e logo ele estava repleto de samambaias de várias espécies. Como sempre admirei as orquídeas, por conta de um parente orquidófilo, comecei a cultivar algumas, no apartamento. Numa exposição em Florianópolis, tive contato com a Associação local e comprei várias plantas. Comecei a estudar e pesquisar o assunto e a coleção foi crescendo. Logo fiz um orquidário na casa de meus pais e, em seguida, comecei a procurar uma casa para comprar, pois queria ter as plantas por perto. Comprei a casa e fiz outro orquidário, na verdade, o primeiro de uma série, pois a coleção não parou mais de crescer. Mesmo hoje, 25 anos depois, ainda está crescendo, agora com quase 100 mil plantas.

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As entrevistas da ACEO 02: A primeira dica de Carlos Keller é estudar, estudar, estudar…

Na quarta edição do Boletim ACEO, de 21/07/07, Carlos G. Keller, paisagista e orquidófilo do Rio de Janeiro, oferece importantes dicas para quem desembarca na orquidofilia. No final, arremata suas palavras com um sábio aconselhamento: “nunca compre plantas coletadas na natureza”. Segue-se a íntegra da entrevista concedida a Vera Coelho:

ACEO – De ornitólogo, você passou a orquidófilo. São experiências bem diferentes, ambas gratificantes. Como foi isso?

Carlos Keller – Eu tinha desistido de criar aves. Primeiro, porque já residia no Rio de Janeiro em um apartamento e não mais na fazenda em Piras-sununga (SP) e, segundo, porque com a legislação confusa, a incompetência e a politicagem dos funcionários do Ibama, ficou difícil manter um criadouro de aves sem ter permanentes atritos com o órgão. Aquilo deixou de ser um prazer e passou a ser uma chateação. Além disso, manter no Rio um aviário a céu aberto, em algum terreno ou chácara, é querer ser invadido e roubado. Já as orquídeas são tão gratificantes quanto as aves, só que sem os problemas que acompanham aquele tipo de hobbie. Trabalhando como paisagista há cerca de 20 anos, eu já tinha uma boa base técnica que me permitiu assimilar o cultivo de orquidáceas com rapidez.

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As entrevistas da ACEO 01: Leonardo Freitas do Valle, uma irrefreável paixão pelas orquídeas

Leonardo Freitas do Valle é Presidente do Núcleo Orquidófilo Castello Branco, na Grande São Paulo. Em conversa com Vera Coelho, ele inaugura uma série de entrevistas publicadas pelo Boletim ACEO desde a 3ª edição, datada de 16/06/07.

ACEO – Como surgiu seu interesse pelas orquídeas?

L.F. do Valle – Minha mãe, pintora naïf de renome internacional, me educou no amor aos animais, às plantas e suas flores, fontes inesgotáveis e permanentes de inspiração. Como tinha poucos recursos, trocava seus quadros por vasos de orquídeas em flor, numa pequena loja no centro do Rio de Janeiro, e inoculou em mim o micróbio da orquidofilia. Posteriormente, me relacionei com o saudoso Luys de Mendonça, fundador da Sociedade Brasileira de Orquidofilia (SOB), e com um colega de trabalho na Siemens, mais tarde um grande amigo, Luiz Schara, também da SOB, que fundamentaram um encaminhamento definitivo para me tornar amante das orquídeas. Foram meus preceptores, da melhor qualidade.

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