Alvo da coleta predatória, a Cattleya labiata, presente nas serras cearenses, é uma das espécies ameaçadas de extinção (clique na foto para ampliar).
A Associação Cearense de Orquidófilos condena com veemência a compra de orquídeas retiradas da natureza. A seus associados, a ACEO aconselha a aquisição em bons orquidários comerciais, onde se tem garantia de que encontraremos plantas saudáveis, de boa qualidade, reproduzidas legalmente, em laboratório.
Há um motivo fundamental para todo orquidófilo consciente recusar a “planta do mato”. Trata-se de uma atitude eticamente condenável e inspirada em puro egoísmo. Se todos resolvessem coletar orquídeas na mata, em breve não haveria mais orquídeas. Nem mata, pois os ecossistemas são frágeis e o desaparecimento de uma espécie pode determinar o fim de todo o conjunto. A orquidofilia está intimamente associada à causa ecológica e todo cultivador de orquídeas deve ser, acima de tudo, um defensor do meio ambiente. Na ACEO, defender a natureza não é apenas figura de retórica, tem que ser uma prática.
Vem agora outra questão: a coleta na natureza, transporte e comercialização de orquídeas assim obtidas são atos criminosos, para os quais se prevê punição. De acordo com a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, em seu Art. 48, “receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal (…)” é crime passível de detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Durante o mutirão, divisão de tarefas.Cuidado especial com cada uma das plantas.Também as bancadas foram alvo das atenções.Yan, o caçula da ACEO, encantou-se com as bromélias.Ao longo de toda a manhã, houve trabalho para todos.Concluídas as tarefas, hora de posar para a foto oficial.
A ideia havia sido lançada durante uma das reuniões mensais da Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO. Os associados aceitaram o desafio e sábado passado, 24 de abril, realizou-se um mutirão no orquidário do Parque Botânico de São Gonçalo do Amarante, município da Região Metropolitana de Fortaleza, a 50 km da Capital.
O propósito era dar às orquídeas os tratos culturais que se faziam necessários e, sobretudo, identificar um grande número de plantas. Instalado em um belo parque mantido pela Prefeitura de São Gonçalo, aquele é um dos poucos orquidários públicos do Ceará e tem importante papel a desempenhar, divulgando o cultivo de orquídeas no coração de uma região litorânea que passa por rápidas transformações trazidas pelo turismo e pela proximidade de um pólo industrial e portuário. No mesmo local, está instalado um bromeliário, cuja coleção também atrai visitantes e ajuda a reforçar a mensagem de amor à natureza.
Os orquidófilos participaram da empreitada com a disposição de “arregaçar as mangas” e fazer o que precisava ser feito. Alguns deles levaram vasos, substratos diversos, etiquetas e outros apetrechos. A grande maioria dos vasos teve o substrato renovado. Com tesouras de poda (repetidamente esterilizadas), outras pessoas removiam folhas e pseudobulbos mortos. Ao mesmo tempo, era feita a identificação das orquídeas (quando possível) e etiquetagem dos vasos com o nome científico. Para os orquidófilos principiantes que participaram do mutirão, o trabalho revelou-se uma “aula prática” extremamente útil. Paralelamente, se procurou repassar para o Sr. Ivan, que cuida do orquidário, noções necessárias para que as plantas tenham os cuidados devidos.
A missão durou a manhã inteira. Ao meio dia, o grupo se deslocou para um excelente restaurante da região, especializado em pratos regionais, onde o almoço aconteceu em meio ao sorteio de plantas. E o programa não terminou aí. Havia sido combinado que a sobremesa seria servida pela Terezinha Gomes, Secretária da ACEO, que possui uma casa de campo na região. No simpático pouso da Terezinha, onde ela mantém seu bem cuidado orquidário, foi feito o bingo de plantas, enquanto se degustavam doces e sorvetes inesquecíveis.
As fotos que ilustram esta matéria mostram algumas flores que estavam abertas no orquidário – uma Cattleya fobesii, uma Vanda e um Denphal – e cenas variadas do mutirão, com os membros da ACEO partilhando tarefas.
Kléber Garcia de Lacerda, o médico que se apaixonou pelas orquídeas amazônicas.
A reunião do mês de abril, na Associação Cearense de Orquidófilos, realizada sábado, 17, foi enriquecida com a presença do médico e orquidólogo mineiro Kleber Garcia de Lacerda Júnior, um dos mais respeitados estudiosos das orquídeas brasileiras e especialmente dedicado à pesquisa das catasetineas. O encontro teve lugar, como de costume, na Casa de José de Alencar, iniciando-se, às 15h30min, com os informes repassados pela vice-presidente Vera Coelho. Ela falou da excursão prevista para o próximo sábado, dia 24 de abril, à cidade de São Gonçalo do Amarante, onde os membros da ACEO passarão a manhã no orquidário público local, numa missão voluntária, ajudando no trato das plantas.
Cattleya labiata Lindl.Cattleya labiata Lindl.Cattleya labiata Lindl.Cattleya labiata Lindl. (Clique nas fotos para ampliar)
Na reunião de sábado passado, dia 27 de março, a Associação Cearense de Orquidófilos registrou seu 100º associado. Trata-se de Tânia Moisés, que teve como proponente Thomaz Sidrim. Entrando com o pé direito na entidade, Tânia foi uma das primeiras contempladas com os brindes sorteados no final do encontro.
No mesmo dia, ainda ingressaram na ACEO: Francisca Andrade Moreira, Vera Lúcia Cunha de Sousa e Ana Paula Alves Fernandes. A Associação recebe de braços abertos seus novos membros, que desde já aderem ao propósito de cultivar orquídeas como uma forma de expressar o amor à natureza.
Em tempo de Cattleya labiata, as fotos que ilustram esta matéria são todas da “Rainha do Nordeste”.
Vandas, Cattleyas, híbridos... as plantas do Santa Bárbara fazem a festa.
Alguns membros da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) se uniram para a primeira compra coletiva de orquídeas de 2010. As plantas, adquiridas no Orquidário Santa Bárbara, chegaram no final de semana, tendo sido entregues na última segunda-feira (dia 22). A própria abertura do enorme pacote, com dezenas de plantas, foi um momento festivo, com os compradores desembalando, identificando e separando diligentemente cada espécime.
As compras coletivas da ACEO são uma forma de estimular a aquisição de plantas de boa qualidade, que aos poucos vão melhorando o nível das coleções dos associados, o que tem se refletido nas próprias exposições. Ao mesmo tempo, a Associação continua condenando severamente a aquisição de plantas nativas, porventura oferecidas pelos chamados “mateiros”, que as retiram criminosamente da natureza. Em sua grande maioria, as “plantas do mato” são de má qualidade e somente contribuem para introduzir pragas e doenças nos orquidários.
Quando reúne um grupo de compradores, a ACEO formata um pedido único e arca com a despesa de Sedex, o que desonera a compra para os associados. Por outro lado, a entidade fica com as plantas enviadas como brinde. Estas, por sua vez, são sorteadas durante as reuniões, beneficiando associados que estejam em dia com o pagamento de suas mensalidades. Ou seja: no final, todos saem ganhando.
Durante o 3º FestOrquídeas de Fortaleza, realizado de 13 a 15 de novembro de 2009, os visitantes fizeram milhares de fotos das flores, material que agora circula na internet e que enfeita a tela de celulares e computadores. Assim se divulgam as orquídeas e se atraem mais pessoas para o seu cultivo.
O jornalista Marco Antonio de Alencar registrou o evento com sua câmera de filmar, flagrando a exposição em movimento. Hoje, a ACEO coloca aqui o vídeo por ele produzido e que mostra, com sensibilidade, a riqueza de formas e cores das espécies e híbridos levados ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
O fundo musical – um forró “pé de serra” deliciosamente interpretado por Chico Paes – dá o tom de nordestinidade que não podia faltar em um registro da maior exposição de orquídeas já realizada no Ceará.
Veja o vídeo abaixo ou clique aqui caso não consiga visualizá-lo:
Este e outros livros do Dr. Darly Machado estão disponíveis na Fina Orquídea.
A Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) recebeu, da livraria virtual Fina Orquídea, em doação, cinco exemplares do livro “Manual prático de nutrição”, de autoria do Prof. Darly Machado de Campos. A Fina Orquídea, que está comemorando três anos, estabeleceu parceria com a Documenta Histórica Editora a fim de brindar, com livros, as entidades orquidófilas.
Na ACEO, o Manual se encorpora à biblioteca, que disponibiliza para seus associados, por empréstimo, livros e revistas relacionados ao mundo das orquídeas.
Darly Machado já havia lançado, anteriormente, o “Manual prático de cultura”, “Manual prático de reprodução”, “Orquídeas: pragas e doenças” e “Orquídeas: micropropagação e quimioterapia de meristemas” (todos eles comercializados pela Fina Orquídea). No conjunto de sua obra, a partir de experimentos e observações, o autor dissipa a ideia muito difundida de que são necessários métodos sofisticados e complexa aparelhagem laboratorial para os trabalhos e manejos variados com orquídeas, mostrando-os como uma atividade simples, prática e eficiente em nível doméstico.
