Orquídea é tema na Câmara Setorial de Flores

O presidente da Associação Cearense de Orquidófilos, jornalista Italo Gurgel, participou, nessa segunda-feira, 31 de agosto, da reunião mensal da Câmara Setorial de Flores, fórum ligado à Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (ADECE). Ele fez uma explanação sobre o desenvolvimento do cultivo de orquídeas no Estado.

Italo atendeu a convite do presidente daquela Câmara Setorial, Gilson Gondim, que tem manifestado interesse em contribuir para a expansão da produção de orquídeas no Ceará. O presidente da ACEO discorreu rapidamente sobre as orquídeas – morfologia, habitats, técnicas de reprodução, etc – falando, em seguida, sobre a importância delas nos mercados nacional e internacional e sobre as potencialidades da orquidicultura no Ceará. Destacou ainda que a ACEO, entidade científica e cultural, reúne aqueles que cultivam orquídeas como atividade de lazer, não sendo seu objetivo a comercialização de flores.

O Ceará é, hoje, líder nacional na exportação de rosas. Dados do Instituto Agropolos indicam que as vendas externas de flores saltaram de US$ 64,155 mil em 1999 para US$ 4,992 milhões em 2007. O crescimento foi de 7.692%, enquanto a área plantada elevou-se, no mesmo período, de 25 para 288 hectares. A Câmara Setorial de Flores representa um elo entre o governo e os integrantes dessa cadeia produtiva, funcionando como um locus onde se pode trocar experiências e dialogar sobre sugestões, propostas e projetos para melhorar a atividade no Ceará.

Em Pernambuco, ASSOPE renova a Diretoria

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Lindon Barros (ao microfone) segue à frente da entidade, que reúne brilhantes nomes da orquidofilia nordestina. (Foto: Maurício Periquito)

A Associação Orquidófila de Pernambuco (ASSOPE) elegeu, no último dia 22 de agosto, a Diretoria que conduzirá a entidade no biênio 2009/2010. Lindon Barros recebeu de seus companheiros o encargo de seguir na Presidência, comandando uma das associações orquidófilas mais tradicionais e mais atuantes do Nordeste.

A nova Diretoria ficou assim constituída:

Presidente: Lindon Barros – Vice-Presidente: Manoel Ximenes Jr. – 1º Tesoureiro: Antonio Galvão – 2º Tesoureiro: Joaquim Francisco – 1º Secretário: Kristiano – 2º Secretário: Jane Márcia.

Conselho Fiscal: João Sabas, Paulo Villar e Jairo Vieira (suplentes: Sônia Maria Silva Cunha, Jorge Mota e Juliana Fink).

Diretoria Técnica: Carlos Jorge, Carlos Eduardo, Roberto Britto e Karime Soares.

Diretoria de Patrimônio: Carlos Hipólito.

Diretoria de Comunicação: Jorge Romanguera / Tito Iumatti.

Exposições e Eventos: Sérgio Ricardo.

Diretoria Social: Alexandre Goes / Maurício Cabral Periquito.

Diretoria de Cursos: Otávio Andrade.

Conselho de Ética: Dilon Cunha, Frei Lourenço e José Carlos Barros.

Exposição em João Pessoa: orquídeas reforçam a mensagem ecológica da APO

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A Associação Paraibana de Orquidófilos (APO) realiza, nos próximos dias 18, 19 e 20 de setembro, no Tambiá Shopping Center, em João Pessoa, a 24ª Exposição Paraibana de Orquídeas. É mais um evento que enriquece o calendário de exposições no Nordeste e que deve ser agendado pelos orquidófilos de toda a região.

Com o objetivo de divulgar suas atividades e de reforçar a mensagem de amor à natureza, que repassa em todas as suas atividades, a APO acaba de criar uma página eletrônica: http://apo2010.blogspot.com/

O pensamento dos que fazem a entidade vai exposto logo na abertura do blog, quando se lança um alerta para a importância da preservação das espécies de orquidáceas nativas da Paraiba. Diz o editorial: “…esperamos contribuir com o sentimento e a formação de atitudes preservacionistas com a questão ambiental, uma vez que, à medida que cnhecemos e aprendemos a cultivar, estamos livrando várias espécies da depredação humana, assim como protegendo seu habitat natural que é a mata”. 

Todos a Natal: aí vem a 15ª Exposorn

A Cattleya granulosa tem destaque nas exposições dos orquidófilos potiguares.

A Associação Orquidófila do Rio Grande do Norte (SORN) abre as portas de sua 15ª Exposorn – Exposição Anual de Orquídeas no dia 28 de agosto de 2009. Durante todo o fim-de-semana haverá mais cores, perfume e beleza no Bosque das Mangueira, bairro de Lagoa Nova, em Natal, onde acontece o evento. A comercialização de plantas estará assegurada por um mix de vários orquidários, tendo à frente o Binot.

O presidente da SORN, Severino Medeiros de Carvalho, anuncia que, a partir de 2010, a entidade vai promover a Mostra de Orquídeas do Nordeste, sempre no mês de junho, dentro da Semana do Meio Ambiente, que é festejada no Parque das Dunas. A Exposorn, por sua vez, continuará acontecendo entre os meses de agosto e setembro.

ACEO sobe a serra e enfeita com suas flores o festival de Pacoti

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Representantes da ala feminina da ACEO e as duas recepcionistas do estande.

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Orquídeas em exposição – uma chuva de Dendrobium anosmum.

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Oficina de cultivo de orquídeas e a confraternização dos orquidófilos, com bingo, brindes e abraços. 

Algumas das flores exibidas (fotos de estúdio): Bl. Morning Glory, Blc. Alma Kee ‘Tipmalee’, Catasetum discolor, Cattleya lueddemanninana, Cattleya granulosa e Coelogyne flaccida.

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Pelo terceiro ano consecutivo, a Associação Cearense de Orquidófilos realizou excursão ao Maciço de Baturité, a 130 quilômetros de Fortaleza. Foi o “III ACEO Sobe a Serra”, que coincidiu com a realização, na cidade serrana de Pacoti, do “Festival Café com Chocolate e Flores”, entre os dias 24 e 26 de julho. A convite dos organizadores do evento, a Associação realizou uma exposição de orquídeas, reunindo uma grande variedade de espécies que encantaram os milhares de visitantes. Incluiu-se também, nas atrações do Festival, uma oficina de cultivo de orquídeas, que foi ministrada pela Diretora de Eventos da ACEO, Juliana Coelho.

A excursão é, sobretudo, um momento de confraternização para os membros da ACEO. No sábado, 25, todos os excursionistas se reuniram para uma rodada de bingos e sorteios, quando foram distribuídas plantas, camisetas, um engenhoso cache-pot, além de belas peças artesanais decoradas com motivos de orquídeas, brindes oferecidos pelos próprios associados. Encerrada essa parte do programa, o grupo se transferiu para um restaurante da cidade. No cardápio, pratos regionais. E muita conversa descontraída.

As entrevistas da ACEO – nº 14: Maria Rita e sua paixão pelas micros

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Plantas se aninham num carro de boi e em velho tronco de árvore.

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Acianthera pectinata alba e Carinidium dasystyle.

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Cattleya labiata e Anacheilium cochleatum.

Maria Rita Cabral: médica, mãe, avó, orquidófila. Apaixonada pelas micro-orquídeas, nesta conversa com a vice-presidente da ACEO, Vera Coelho, ela conta como se divide entre os compromissos familiares e as flores, que cultiva, principalmente, em árvores e em velhos troncos que encontra à margem das estradas. Conhecida no mundo orquidófilo como “a mãe leoa”, Rita mora no Rio de Janeiro e cultiva suas orquídeas em Paty do Alferes, na região serrana.

ACEO – Fale-nos, de início, sobre a Maria Rita mãe, avó, esposa, mulher.

Maria Rita Cabral – Formei-me em Medicina, cliniquei por pouco tempo, depois da pós-graduação. Então, com três filhos adolescentes e um na barriga, vi o marido ser transferido para São Paulo, com a indicação de depois ir para o exterior. Optei por abandonar a Medicina e criar meus filhos com carinho, ajudando o marido. Não me arrependi e tampouco fiquei falando só em vassouras e fogão (adoro cozinhar, nada contra a vida doméstica). Envolvi-me com a administração financeira de meu marido e meu sogro, cuidando dos negócios até o dia de hoje (o sogro faleceu). Quando o caçula temporão estava maiorzinho, ganhamos uma neta para criar. E começamos tudo de novo. Minha vida é uma grande alegria, com os quatro filhos, quatro noras e sete netos, junto com o marido. Gosto de estar presente em todos os bons e maus momentos de todos e meu marido diz que eles têm em mim, além da mãe e avó, uma “central de serviços”. Há cinco anos resolvi me dedicar a um estudo e, loucamente, optei pela orquidofilia. Adquiri literatura, até mais cedo que a maioria das orquídeas, fui lendo, fui entrando nas listas, aprendendo, fazendo amizades e estamos aí, orquilouca.

ACEO – Tive oportunidade de conhecer seu cultivo, todo ao ar livre. Algum motivo especial, ou simplesmente não gosta de trancá-as em estufa?

MRC – Quando iniciei o cultivo, coloquei logo uma carrocinha com uns vasos. Fui aumentando e o marido só dizia: “nada de estufa”. Fui estudando, vendo como poderia fazer meu orquidário sem deixá-lo triste, e fui colocando nas árvores. Estas se davam muito melhor. Fui tendo contato com a obra de Érico de Freitas Machado, com sua Florabela, e decidi cultivar em árvores e sob elas. Comprei carros de boi, fiz ripados sob as árvores e aí namorei um tronco (raíz de árvore centenária) que estava numa estrada, em meu caminho. Um dia, não resisti e pedi para comprar. O dono disse: “pague o carreto que eu levo, não lhe cobro nada”. Enchi de orquídeas e fui comprando todos os troncos grandes e bonitos que acho jogados pelos campos de minha região, e colocando as orquídeas. Hoje tenho 15 troncos enormes, oito árvores (duas nespereiras, uma amoreira, uma mangueira, um caquizeiro, um limoeiro, um manacá, uma camélia e outros arbustos). Por vezes, subo na escada para fotografar. Integrei as orquídeas ao paisagismo imaginado por meu marido. Tenho também três pequenos telados, um na saída da casa, um numa parreira velha e outro ao lado da palmeira na entrada. Neles tenho prateleiras em aramado com esquadria de madeira.

ACEO – Sei que cultiva várias espécies, mas as micros têm sua predileção. Qual a maneira adequada de cultivá-las?

MRC – A grande maioria está nos troncos das árvores (nespereiras, principalmente) e nos limoeiros, manacá e camélia. Os galhos finos ajudam muito. O que tenho em vaso, tento colocar sobre um prato grande de plástico, furado, com areia e pedrinhas. Aí mantenho a umidade. Pequenos toquinhos, pedaços de corticeira, pequenas sapucaias também podem ser lugar para elas. Tento manter bromélias ao redor e molho muito o gramado, para a umidade ficar perfeita. Paty, onde estão minhas orquídeas, tem sereno quase o ano todo. A diferença de temperatura entre o dia e a noite também ajuda muito as micros e todas as outras. Num verão chuvoso como este, só aquelas que estão em vaso e cachepot sofrem. O que está em árvore e troncos não reclama.

ACEO – Dentre tantas plantas, existe alguma especial? Por quê?

MRC – Acho que tenho uma predileção por Maxillariinae (elas entouceiram muito e são muito floríferas) e pela Acianthera pectinata alba. Aquela folha enorme, bonita, com uma concavidade incrível, me encanta. Também pelas miudinhas que me obrigam a trocar de óculos e, por vezes, até usar uma lupa para poder observá-las, me enlouquecem. Ver a palmeira cheia de Cattleya labiata, também me alegra. Acho que gosto de tudo. Não estou mais cultivando híbridos, a não ser os que recebo de presente e alguns que adquiri do Jorge Luiz, do Itaorchids.

Orquídeas na ANPUH: essa História precisava ser contada

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Acima, cartões postais ilustrados com orquídeas cearenses e a bela Reitoria da UFC. Na sequência, fotos da exposição.

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A Associação Nacional de História (ANPUH) e a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) colocaram orquídeas no programa do XXV Simpósio Nacional de História, que aconteceu em Fortaleza, entre os dias 12 e 17 de julho. Reunindo cerca de 8 mil pessoas – professores, estudantes, historiadores e pesquisadores – o Simpósio tornou-se um dos maiores eventos acadêmicos já realizados no País.

Convidada a participar, a ACEO organizou uma exposição de orquídeas, ocupando estufa instalada nos jardins da Reitoria da Universidade Federal do Ceará. Ao lado, fica a Concha Acústica, local onde, diariamente, ocorreram diversas atividades. A mostra reuniu espécies e híbridos em quantidade suficiente para revelar, aos visitantes, a grande variedade de formas, cores, tamanhos, perfumes e texturas que caracteriza as orquidáceas. Paralelamente, organizou-se uma feirinha de plantas ornamentais.

Com apoio da ACEO, a organização do Simpósio fez imprimir cartões postais ilustrados com orquídeas cearenses, peças que eram distribuídas entre os visitantes da exposição. No verso do cartão, um pequeno texto, sob o título “Essa história vem de longe”, se inseria no espírito do evento da ANPUH.

Veja mais detalhes sobre o XXV Simpósio Nacional de História no endereço: http://www.snh2009.anpuh.org/