Rio Claro, capital das orquídeas, faz sua 65ª Exposição Nacional

A maior festa da orquidofilia brasileira aconteceu, entre 19 e 21 de junho, em Rio Claro (SP), onde quase três mil vasos de orquídeas compuseram a 65ª Exposição Nacional de Orquídeas daquela cidade. Foram 70 cidades expositoras, representando oito estados. O evento, promovido pelo Círculo Rioclarense de Orquidófilos (CRO), aconteceu no Colégio Claretiano. Augusto Krugner, Presidente do CRO, recepcionou dezenas de milhares de pessoas, que acorreram de todo o Brasil e de países vizinhos, tendo agradecido a presença de representação da Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO.

Rio Claro, que tem a Cattleya loddigesii como sua flor-símbolo, pode ser considerada a capital brasileira das orquídeas. Segundo o Dr. Humberto Epiphaneo (portal Visite Rio Claro – www.visiterioclaro.com.br) a relação da cidade com as orquídeas é bastante antiga. “Seu início data de mais de 55 anos, quando algumas pessoas sensibilizadas pelas flores e mais especificamente pelas orquidáceas, se reuniram e acabaram por fundar o Círculo Rioclarense de Orquidófilos, em 30 de julho de 1954. A partir dessa data, orquidários comerciais iniciaram suas atividades, com estreito intercâmbio com orquidófilos principalmente de São Paulo e Rio de Janeiro”. A presença das orquídeas é marcante na cidade, onde até mesmo as paradas de ônibus são decoradas com desenhos dessas flores.

Para “falar” sobre o que foi a 65ª Exposição de Rio Claro, nada melhor do que as fotos da grande festa (iniciando por algumas das plantas premiadas):

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Cranichis glabricaulis (1º lugar – Micro e Botânica e melhor planta da exposição) e Laelia pumila rubra ‘Júlia’ (1º lugar – Espécie).

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Blc. Chunyeah 17 x Lc. Mikiki Nagata (1º lugar – Híbrido) e Oncidium divaricatum (1º lugar – Avançado).

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Cattleya Dolosa tipo ‘Mariana’ (3º lugar Híbrido) e Cattleya walkeriana S/A Puanani (3º lugar – Espécie).

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Blc. George King Serendipty e Blc. Pokai Tangerine ‘Lea’.

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Catasetum osculatum e Cattleya Duringan.

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Cattleya guttata  caerulea e Cattleya jemanii.

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Cattleya maxima e Cattleya percivaliana tipo.

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Cattleya trianae ‘Orion’ e Cattleya walkeriana flâmea.

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Cymbidium Ruby Sarah e Dendrobium Fire Coral.

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Laelia purpurata ardósia x C. warneri e Lc. Platinum Sun.

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Paphiopedilum e Pleurothallis leptotifolia.

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Rabiquetia panterina e Sophronitis coccinea.

Falou em meio ambiente, a ACEO está presente

A Associação Cearense de Orquidófilos procura estar presente em todo lugar onde se fala em preservação da natureza. É assim que participa da VII Semana do Meio Ambiente, realizada pela Universidade Federal do Ceará, de 1º a 6 de junho. Este ano, o evento inclui, entre suas atrações, uma exposição de orquídeas.

São mais de 70 plantas, entre espécies e híbridos, que os membros da ACEO expõem numa estufa instalada em frente ao bloco do Departamento de Fitotecnia, no Centro de Ciências Agrárias. O propósito é sensibilizar os visitantes para os tesouros da natureza que precisam ser preservados – dentre eles, em lugar de honra, as orquídeas. A estufa, de 9 x 3 metros, foi doada pela indústria Zanatta ao Departamento de Fitotecnia, que deverá utilizá-la, a partir de agora, em novas exposições e projetos de pesquisa.

Dentro da programação da Semana do Meio Ambiente, também acontece um curso de Cultivo de Orquídeas, que está sendo ministrado pelo Prof. Roberto Jun Takane. Ele é membro da ACEO e, recentemente, foi aprovado em concurso para o quadro docente da UFC.

Segue-se uma seleção de fotos da exposição.

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O orquidário de 9 x 3 metros é produzido pela indústria Zanatta.

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Cattleya labiata e Blc. Nobile’s Honney

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Cattleya aurantiaca ‘Orange’ e Blc. (Oconee x Murray Spencer)

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Lc. Splash x Brandied Treat e Vanda Pak Chong Blue

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Miltassia Shelob ‘Talkien’ e Oncidium Mini Rossi

ACEO leva orquídeas à universidade e à serra

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Mais uma vez, é hora de mostrar as orquídeas cearenses.

Buscando marcar presença em diferentes cenários, a fim de divulgar a orquidofilia no Ceará, a Associação Cearense de Orquidófilos está com sua agenda lotada para as próximas semanas. Serão três exposições nos meses de junho e julho, pretendendo-se que o maior número possível de associados compareça e participe, a fim de garantir o sucesso dessas atividades. São os seguintes os eventos que contarão com a presença das orquídeas da ACEO.

– De 2 a 6 de junho: Semana do Meio Ambiente na Universidade Federal do Ceará. Trata-se de um grande evento, no Campus do Pici, onde haverá exposições, palestras e outras atividades inspiradas em temas como consciência ecológica, agricultura sustentável, fontes alternativas de energia e unidades de conservação, dentre outros.

– De 12 a 17 de julho: Encontro nacional de professores de História, na UFC. A exposição de orquídeas acontecerá em um dos salões térreos da Reitoria, no Campus do Benfica, por onde circularão cerca de 4.000 professores vindos de todo o País. A organização do evento mandou confeccionar cartões postais com motivos de orquídeas.

– De 24 a 26 de julho: Festival “Café com Chocolate e Flores”, em Pacoti. Pelo terceiro ano consecutivo, acontecerá, nesse período, a excursão “ACEO Sobe a Serra”, que propõe aos associados um agradável passeio pelo Maciço de Baturité. Além de expor suas flores no cenário do festival, os associados farão uma animada confraternização.

As entrevistas da ACEO – nº 13: Humberto Epiphanio fala das orquídeas e de Rio Claro

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Humberto Antonio Epiphanio é médico, na cidade de Rio Claro/SP, e ex-Presidente do Círculo Rioclarense de Orquidófilos, fundado a 30 de julho de 1954. “Com certeza, é uma loucura, uma loucura prazerosa. A orquídea tem o dom de magnetizar as pessoas, não é uma flor como as outras”, assim ele explica sua paixão pelas orquidáceas. E complementa: “Nesse mundo moderno, cheio de pressões e cobranças, cultivar orquídeas é a maneira mais correta de se equilibrar. Uma orquídea a mais, um remédio e um psiquiatra a menos.”

Humberto tirou um tempinho de sua agenda e bateu um papo com Vera Coelho, Vice-Presidente da ACEO. Segue-se a transcrição da conversa:

ACEO – Como e de que maneira começou sua relação com as orquídeas?

Humberto Antonio Epiphanio – Há 20 anos, decidi fazer uma homenagem a minha avó, que foi proprietária de uma das mais antigas e tradicionais floriculturas de Rio Claro. Fui ao orquidário do Aniel Carnier e comprei cinco vasos de orquídeas. Coloquei sua foto e uma placa com sua assinatura e tomamos mais de cinco cervejas. Continuo comprando orquídeas até hoje.

ACEO – O Orquidário Humberto Epiphanio é referência mundial em termos de boas e belas orquídeas. Qual é sua história?

HAE – Absolutamente, meu orquidário não é referência mundial. Longe disso! Sou mais um apaixonado do que um grande “entendedor” de orquídeas. Digo sempre que o maior prazer, acima até do produto final – a flor -, é o contato que o cultivo de orquídeas nos oferece.

ACEO – Gostaríamos que falasse sobre a relação da cidade de Rio Claro com as orquídeas.

HAE – Como já disse, minha história na orquidofilia é relativamente recente (apenas 20 anos), mas aqui, em Rio Claro, até por uma colonização européia, alguns descendentes (Hoffmann, Wenzel, Welhmuth, entre outros) iniciaram um movimento no sentido da criação de uma sociedade que se mantém até hoje em atividade ininterrupta (55 anos) e que serviu de base para movimentos mais amplos, de abrangência nacional.

ACEO – Por que a exposição de orquídeas de Rio Claro, promovida pelo Círculo Rioclarense de Orquidófilos, é considerada a maior e melhor do Brasil?

HAE – Com certeza, pela sua organização, pelo comprometimento de seus associados nessa empreitada e pela colocação das pessoas certas na execução do evento. Nos últimos anos, o cargo foi ocupado pelo orquidófilo Roberto Ferreira, com muita competência. Claro, não poderíamos deixar de destacar a amizade e o carinho dos amigos que participam do nosso encontro.

ACEO – Em junho, a cidade de Rio Claro se torna a “Capital Brasileira das Orquídeas”. No seu entendimento, qual a razão para que orquidófilos de todas as partes do mundo sejam atraídos por essa exposição?

HAE – É sempre nossa expectativa e fazemos tudo para que isso aconteça. Todos os orquidários, além de nossa principal exposição, se preparam para receber os visitantes.

ACEO – Rio Claro é destaque em termos de grandes orquidários. É possível viver em harmonia ou existe uma competitividade comercial entre eles?

HAE – Estaria sendo hipócrita em dizer que existe uma harmonia total entre todos os orquidários. Nossa expectativa é que todos se respeitem. Acontece em todos os setores da atividade humana, por que não iria acontecer na orquidofilia rioclarense?

ACEO – O que a 65ª Exposição de Orquídeas reserva para este ano?

HAE – Todo o empenho possível para que haja pelo menos o mesmo número de entidades expositoras e o maior número de flores possíveis, com grande congraçamento entre os orquidófilos. E que ela se constitua, uma vez mais, num encontro inesquecível.

Diretoria presta contas de dois anos de realizações

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O FestOrquídeas, em novembro, tornou-se um grande evento em Fortaleza.

Ao se encerrar o biênio administrativo de 2007/2009, a Diretoria da Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO apresentou o seguinte balanço de realizações:

  • Crescimento de 333% no quadro de associados (de 27 para 90);
  • Duas edições do FestOrquídeas, com exposição, palestras, oficinas e venda de orquídeas, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura;
  • Duas edições da exposição Orquídeas de Março, no Shopping Del Paseo;
  • Duas edições da excursão ACEO Sobe a Serra, com exposições em Guaramiranga e Pacoti;
  • Dezessete edições do Boletim ACEO, distribuído entre todos os associados, na forma impressa, e nacionalmente através de e-mail;
  • Exposição durante o IX Agroflores, no SEBRAE/CE;
  • Exposição durante feira de flores na CEASA;
  • Exposição na sede do Ministério Público Federal, em Fortaleza;
  • Participação, com exposição e oficina de cultivo de orquídeas, na Festa da Vida, no Parque Rio Branco;
  • Realização do curso “Modernas técnicas de cultivo de orquídeas”, com o Prof. Roberto Jun Takane;
  • Lançamento do site www.orquidofilos.com
  • Povoamento de orquídeas no bosque da Casa de José de Alencar, sede das reuniões da ACEO;
  • Colocação de orquídeas no jardim do Ateliê das Artes, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura;
  • Participação de associados e membros da Diretoria em exposições realizadas em outros Estados;
  • Gestões junto à Universidade Federal do Ceará para criação do orquidário da UFC;
  • Gestões junto à Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE para implantação de uma área de preservação ambiental na Serra de Uruburetama, uma das áreas onde ocorre a Cattleya labiata no Ceará e que está sendo rapidamente desmatada;
  • Parceria com o Orquidário Santa Bárbara;
  • Confecção de camisetas e canetas, com a logomarca e mensagens da ACEO;
  • Redução de 50% no valor das mensalidades, levando em conta que o caixa da Associação apresenta situação confortável.

ACEO elege Diretoria para o biênio 2009/2011

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Os novos diretores posam diante das orquídeas levadas para a Assembléia Geral pelos associados.

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Marco Aurélio entrega a Vanda a Felipe. Na comemoração, licor de labiata produzido em Natal/RN.

Em Assembléia Geral especialmente convocada, a Associação Cearense de Orquidófilos elegeu, sábado passado, dia 18 de abril, a nova Diretoria que conduzirá a entidade no biênio administrativo 2009/2011. O jornalista Italo Gurgel foi reconduzido à presidência, renovando-se em 90% os integrantes dos demais cargos. Ficou assim a composição da Diretoria da ACEO:

Presidente – Italo Gurgel; Vice-Presidente – Vera Lúcia Matos Coelho; Secretária – Emília Passos Canário; Segunda Secretária – Terezinha de Jesus Gomes; Tesoureiro – Rogério Sella; Segunda Tesoureira – Kalina Isabel Gonçalves dos Santos; Diretor Técnico e Científico – Luiz Wilson Lima Verde; Diretora de Eventos – Juliana Coelho Carvalho. O Conselho Fiscal e Deliberativo estará integrado por Antonio Estanislau Souza Queiroz, Fernando Pinheiro Meireles e Mirian Feijó de Araújo.

Na eleição, apresentou-se chapa única, que foi eleita por aclamação. Marco Aurélio Cavalcante Duarte presidiu a Assembléia Geral, tendo atuado como secretários Michele Canário Passos e João Fontenele Costa Filho. O processo foi marcado pela tranquilidade e, ao final, em clima festivo, a eleição foi comemorada com uma rodada de licor de labiata, presenteado pelo Círculo Potiguar de Orquidofilia. Também houve sorteio de plantas e o bingo de uma belíssima Vanda do Orquidário Santa Bárbara. O brinde foi conquistado por Felipe Leite.

A nova Diretoria se reúne na próxima semana, a fim de traçar metas para os próximos dois anos. A orientação geral é no sentido de consolidar e aprofundar as conquistas recentes, buscando-se ampliar a participação da ACEO em ações que envolvam a defesa do meio ambiente; aprimorar os conhecimentos dos associados; melhorar a qualidade das coleções de orquídeas no Ceará; divulgar ainda mais o cultivo de orquídeas e estreitar os elos com outras entidades orquidófilas (em especial, as do Nordeste), incentivando a participação dos associados em exposições e outros eventos.

As entrevistas da ACEO – nº 12: Eduardo Dieter Mucke – a alegria e o prazer de cultivar Vandas

As Vandas ocupam lugar de destaque no Santa Bárbara.
As Vandas ocupam lugar de destaque no Santa Bárbara.

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A Cattleya lueddemanninana (abaixo) concorre em pé de igualdade.

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Para ele, cultivar Vandas só lhe traz alegria e prazer. Eduardo Dieter Mucke, nascido em São Paulo, descendente de alemães, cultiva orquídeas comercialmente, em Santa Bárbara d’Oeste, no interior paulista. Foi ali que instalou o Orquidário Santa Bárbara, um dos mais conceituados do País e que acaba de estabelecer parceria com a Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO. Nesta entrevista, concedida a Vera Coelho, ele fala de como vem trilhando, há décadas, os caminhos da orquidofilia.

ACEO – Como nasceu sua paixão pelas orquídeas?

Eduardo Dieter Mucke –  Tudo começou quando passei a caminhar pelas matas intocadas pelo homem. A natureza pura é sempre muito bonita. Nessas andanças, apreciava as árvores com muitas orquídeas floridas e elas me fascinavam. Aprendi muito cedo com a natureza, observando como cada planta se desenvolvia. Na década de 80, construí uma casa em Santa Bárbara d’Oeste e, num pequeno espaço de 8 m2, fiz um “puxadinho” para abrigar minha modesta coleção. Nesse hobby, como quase todo orquidófilo, fui comprando mais e mais. Quando me dei conta, o espaço era insuficiente para acomodar tantas plantas. Fiz outros “puxadinhos”, até que surgiu a primeira estufa, com 105 m2. Adquiri muitos exemplares bons, que chamavam a atenção dos amigos.

ACEO – Como surgiu o Orquidário Santa Bárbara?

EDM – Com o incentivo da esposa e dos amigos, além de excelentes matrizes, comprei o terreno vizinho a minha casa e foi lá que surgiu o Orquidário Santa Bárbara, hoje com 50 estufas, situadas em quatro diferentes áreas, onde passei a comercializar Cattleya e híbridos de Cattleya, inicialmente, e a importar orquídeas de Taiwan, quando, na época (1991), a importação era mais simples. Nesse meio tempo, comecei a investir também em espécies. Adquiri de um orquidófilo, que trouxe da Venezuela, algumas Cattleya lueddemanniana muito bonitas e hoje temos uma excelente coleção, com cruzamentos excepcionais. Há oito anos, em 2001, fui à Tailândia com o César Wenzel, orquidófilo de Rio Claro, em busca de novas espécies de Cattleya, que não existiam no Brasil. Fiquei, no entanto, encantado com as Vandas, pois a Tailândia é o celeiro mundial dessas plantas. Comparando com o clima brasileiro, achei que elas floresceriam aqui muito bem. Adquiri algumas mudas e passei a cultivá-las.

ACEO – O Sr. tem uma predileção em termos de orquídeas?

EDM – Minha primeira paixão foi a Coelogyne pandurata, de cor verde e labelo preto. Depois os híbridos de Cattleya, que passei a meristemar, e as Vandas, que são de uma beleza indescritível.

ACEO – Fale-nos do seu cultivo de Vandas, das vantagens e desvantagens. Algum segredo guardado a sete chaves?

EDM – Cultivar Vanda só me dá alegria e prazer. Não necessita de substrato, as raízes ficam livres e expostas ao ar. Não tem problema com lesma e caracóis, pela inexistência do substrato, consistindo isso numa grande vantagem. Outra que posso citar é a beleza e a durabilidade da flor. Não vejo nenhuma desvantagem. O segredo é adubar e molhar com regularidade. A água e o adubo foliar devem ser misturados para melhor desenvolvimento da planta.

ACEO – Se fosse começar tudo de novo, começaria com orquídeas?

EDM – Com certeza, se pudesse voltar no tempo, trabalharia somente com orquídeas, atividade prazerosa, que exige dedicação e comprometimento, mas é aquilo de que verdadeiramente gosto e o resultado só me traz felicidade.