ACEO e Shopping Del Paseo promovem o III Orquídeas de Março

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Orquídeas brasileiras (no alto) e estrangeiras (embaixo) serão mostradas aos visitantes.

A Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO e o Shopping Del Paseo realizam, nos próximos dias 7 e 8 de março, em Fortaleza, o III Orquídeas de Março. A promoção, que já vem se constituindo em tradição, é uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que se celebra no domingo, dia 8.

Os cultivadores de orquídeas jamais sabem, exatamente, que plantas poderão levar a uma exposição, pois ficam na dependência das que estiverem floridas no dia da abertura do evento. Mas a expectativa é de que se apresente um bom número de Cattleya labiata, a mais conhecida das orquídeas brasileiras e que ocorre nas serras úmidas cearenses. Espécies estrangeiras, assim como alguns híbridos, também são aguardados no Del Paseo

Os visitantes que quiserem exercitar seus pendores de fotógrafos da natureza poderão “clicar” livremente as flores expostas (sem pegar nas plantas, evidentemente). As melhores fotografias, depois de selecionadas pela ACEO, serão publicadas neste site. Basta enviá-las ao endereço aceo1977@yahoo.com.br acompanhadas do nome do fotógrafo.

Número de associados cresce 55% em um ano

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Em 2006, quando a ACEO iniciou seu novo ciclo, eram poucos associados. E poucas flores. Em excesso, a vontade de crescer.

O quadro de associados da ACEO chegou à marca dos 65 membros fundadores e efetivos (28 mulheres + 37 homens). O número é expressivo e revela um crescimento de 55% com relação a fevereiro do ano passado.

O presidente da entidade, jornalista Italo Gurgel, comenta essa conquista: “Embora seja alentador, para nós, vermos a ACEO avançando, agregando novos sócios a cada reunião, o crescimento numérico não é nosso principal objetivo. O que perseguimos de fato é o crescimento qualitativo. É permitir que os nossos companheiros aprofundem seus conhecimentos, aprimorem suas técnicas de cultivo e levem, para as exposições, plantas de uma qualidade cada vez melhor”. Também é interesse da Associação contribuir para a preservação das espécies nativas do Ceará e do Nordeste e, neste sentido, importantes alianças estão sendo construídas.

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O Nordeste expõe suas orquídeas

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É tempo de expor as orquídeas nordestinas. Depois do Carnaval, o calendário assinala exposições de Campina Grande, Natal e Recife. Um grande programa para os amantes das orquídeas de todo o Nordeste. Confira o roteiro: 

Em Campina Grande, realizam-se, paralelamente, a IV Exposição de Orquídeas e o III Festival de Labiatas. Será de 27 de fevereiro a 1º de março, no Shopping Maria Luíza. A promoção é da ACOR – Associação Campinense dos Orquidófilos Reunidos.

Em Natal, o Círculo Potiguar de Orquidofilia – CPO anuncia para os dias 13, 14 e 15 de março sua XVI Exposição de Orquídeas. O local: Bosque das Mangueiras, na Av. Nascimento de Castro, bairro de Lagoa Nova.

No Recife, a Associação Orquidófila de Pernambuco – ASSOPE convida para sua 33ª Exposição, marcada para os dias 20, 21 e 22 de março, na sede da ASSOPE (bairro de Santo Amaro, em frente ao Hospital Oswaldo Cruz). Haverá cursos do cultivo da Cattleya e de iniciação ao cultivo de orquídeas.

Tanto na Capital pernambucana quanto em Campina Grande, a venda de plantas estará a cargo do Orquidário Flores do Lago.

“Orquídeas Brasileiras”, uma declaração de amor às mais belas flores do planeta

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Foi lançado o livro Orquídeas Brasileiras, um dos mais belos ensaios – em textos e fotos – já produzidos pela literatura orquidófila em nosso país. Os autores são Sérgio Araujo e Delfina de Araujo, que há anos mantêm o premiadíssimo site Brazilian Orchids.

Na apresentação, Maria do Rosário, da OrquidaRio, resume:

“O fotógrafo Sérgio Araujo vem, ao longo dos anos, registrando a imensa beleza de algumas das espécies brasileiras e seus híbridos. A orquidófila Delfina de Araujo faz parte do restrito grupo de brasileiros que tem dedicado grande parte do seu tempo ao estudo desta família de plantas. O trabalho conjunto de Sérgio e Delfina é hoje reconhecido internacionalmente.”

O livro, com 220 páginas em cores, textos em português e inglês, recebeu excelente tratamento editorial, que valoriza ainda mais o conteúdo. Em oito capítulos, Delfina e Sérgio discorrem sobre os seguintes temas:

  1. O Brasil e suas orquídeas
  2. A família Orchidaceae
  3. Plantas do ar e da terra
  4. A flor
  5. Orquídeas tropicais
  6. Aliança da Cattleya
  7. Aliança do Oncidium
  8. Híbridos

Expedição à Aratanha: descoberta de um paraíso a 50 km. de Fortaleza

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No alto, um cantinho do sítio do Eduardo e a C. lueddemanniana var. alba. Embaixo, Marco Antônio polinizando a flor e a pedra recoberta de líquens… e orquídeas.

O convite do Eduardo era para irmos a seu sítio, na Serra da Aratanha, onde, segundo telefonema do caseiro, uma Cattleya lueddemanniana alba havia florado. Eduardo Bezerra, que acaba de ingressar nos quadros da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), queria polinizar aquela flor, caso um inseto ou beija-flor já não houvesse feito o trabalho. 

A 650 metros do nível do mar, o sítio fica em local de difícil acesso, aonde somente se chega em veículo com tração nas quatro rodas. Bendita dificuldade! Só assim, a tão curta distância da metrópole de 2,5 milhões de habitantes, se pode encontrar um paraíso formado por quilômetros de mata preservada, onde flora e fauna se resguardam das agressões tão comuns aos ambientes naturais em nosso País.

A poderosa camionete do Eduardo venceu tranquilamente as íngremes ladeiras. Com ele e seu motorista, Isaias, seguimos eu e Marco Aurélio Duarte, engenheiro agrônomo, paisagista e orquidófilo, um dos mais entusiasmados membros da ACEO. Sua presença foi fundamental na hora de cumprirmos outra missão – identificar algumas espécies nativas do Ceará que ainda estavam sem etiquetas.

O sítio surpreende pela beleza. A somente 50 quilômetros de Fortaleza, de lá é possível, nos dias mais claros, avistar-se o porto do Pecém e o mar. A vegetação é a de Mata Atlântica, característica das serras úmidas cearenses. Em praticamente todas as árvores se podem ver bromélias, samambaias e orquídeas, que enfeitam o cenário embaladas pelo canto dos sabiás, e acariciadas pela névoa de todas as manhãs friorentas. Em uma única pedra, a curta distância da acolhedora casa de madeira, encontramos quatro touceiras, ali colocadas pela mão do Criador: dois Epidendrum (rigidum e ramosum), uma Prosthechea fragrans e uma Scaphyglottis sp.

Todos os prazerosos encargos da “expedição” à Aratanha foram cumpridos: a labiata foi polinizada e mais uma dúzia de espécies da coleção do Eduardo foram identificadas. Outras touceiras foram transplantadas, com a ajuda de Pedro, o caseiro, que já se revela perfeitamente familiarizado com as lides orquidófilas. Antes da partida, boa notícia aguardava Eduardo – no galho de uma árvore que se debruça sobre o pequeno lago coberto de ninféias, Marco Aurélio encontrou, além de várias touceiras de Epidendrum latilabre, uma discreta Polystachia concreta, cuja presença, em seu paraíso serrano, nosso anfitrião ignorava. (Italo Gurgel – Jornalista e Presidente da ACEO) 

As entrevistas da ACEO – nº 11: Waldir Lima Leite, um “labiateiro” de carteirinha

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Waldir ministra oficina de cultivo de orquídeas, durante o II FestOrquídeas de Fortaleza. Não houve cadeiras suficientes para um público tão numeroso e muitos se sentaram no chão… sem reclamar. 

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Na premiação do II FestOrquídeas, Waldir entrega o troféu “Labiata de Ouro” a Mirian Feijó.

Um dos fundadores da Sociedade Cearense de Orquidófilos (mais tarde rebatizada de Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO), o engenheiro agrônomo Waldir Lima Leite traz no sangue a seiva das orquídeas. Ou, mais precisamente, da Cattleya labiata, espécie da qual se considera “um preservador”. Paraense, criado em Pernambuco e adotado pelo Ceará, testemunha dos primeiros anos do movimento orquidófilo no Nordeste, na década de setenta, ele narra aqui um pouco dessa história e reparte sua experiência no trato das plantas.

ACEO – Quem contribuiu para o surgimento da orquidofilia no Ceará?

Waldir Lima Leite – O norte-americano Arthur Peterson foi o idealizador da Sociedade Cearense de Orquidófilos, fundada em 1977. As primeiras reuniões aconteciam na casa dele. Foi ele quem agrupou as pessoas, quem liderou naquele momento.

ACEO – Como foi que a SCO atuou nos primeiros anos?

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Associações nordestinas renovam Diretorias

Tomam posse as novas Diretorias eleitas em duas associações orquidófilas do Nordeste: APO – Associação Paraibana de Orquidófilos e AOBAL – Associação Orquidófila e Bromeliófila de Alagoas. Os quadros diretivos, nas duas entidades, têm agora a seguinte composição:

Na APO: Presidente – Maria da Conceição Soares; Vice-Presidente – Toshio Adachi; Secretária – Sandra Mônica de F. Pereira da Fonseca; 2ª Secretária – Maria Pastora Carneiro Feitosa; Tesoureiro – Eridan Virginio Câmara; 2ª Tesoureiro – Veralúcia de Albuquerque Pedrosa; Diretor Técnico – Hugo Leite de Albuquerque; Bibliotecária – Zoraide Soares de Souza; Diretor de Patrimônio – José Alan Antão de Brito; Editora – Jovita; Diretora de Eventos – Maria de Fátima Pereira da Silva.

Na AOBAL: Presidente – Quitéria Tavares Santos Silva; Vice-Presidente – Edson Lessa dos Santos; Secretária – Maria Denise Cirne Galvão; Vice-Secretário – Romi Luciano Machado; Diretoria Financeira – Maria Sonia Ferreira Leite; Vice-Diretoria Financeira – Paulo Leôncio Silva;  Diretoria Técnica – Fraterno Ralf Neto; Vice-Diretoria Técnica – Marciana da Paz Andrade Ralf; Diretoria de Eventos e Exposições – Cícera Peisoto da Silva; Vice-Diretoria de Eventos e Exposições – Gilvânia Maria Silva Andrade Gusmão; Diretoria de PatriMônio – Carmelita Sousa Bittencourt.

Percebe-se, aqui, uma forte presença feminina em ambas as Diretorias, que recebem a saudação fraterna de todos os que fazem a ACEO – Associação Cearense de Orquidófilos. Estão abertas as portas para o intercâmbio e a cooperação, visando ao fortalecimento do movimento orquidófilo no Nordeste.