Wania Barbosa, diretora de Comunicação da SORN, entrega ao presidente Severino Medeiros um “souvenir” da ACEO.
A Associação Orquidófila do Rio Grande do Norte (SORN) realizou no último sábado, dia 24, sua reunião mensal, ocasião em que a delegação que participou da 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste e 11º FestOrquídeas de Fortaleza prestou contas de sua missão no evento.
Os embaixadores da SORN foram extremamente participativos, colaboraram em diversas atividades, conquistaram prêmios e deixaram, como mais uma marca de sua passagem pela exposição, a simpatia. O Prof. Clementino Câmara Neto, vice-presidente da entidade norte-riograndense, ofereceu, no segundo dia do evento, uma oficina sobre “Cultivo de orquídeas com algas marinhas recicladas”. Em todas as ocasiões, o grupo natalense encarnou o verdadeiro espírito do movimento orquidófilo nordestino, que investe na integração e numa profícua colaboração entre as entidades que atuam na região.
Na reunião de sábado, os sorneanos que marcaram presença em Fortaleza fizeram um relato extremamente positivo da Bienal/FestOrquídeas e entregaram as camisetas, certificados e troféus aos que não puderam comparecer. Em contato com a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), a diretora de Comunicação, Wania Barbosa, relatou: “Concluído o nosso relatório, agradecemos a Deus por tudo o que vivemos em Fortaleza, ao lado de vocês. Foi tudo tão perfeito! Estamos morrendo de saudades de tudo e de todos.”
Os híbridos também fizeram sucesso na 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste / 11º FestOrquídeas de Fortaleza. A Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) destina um troféu para essa categoria, que, este ano, premiou cultivadores de três estados: Sérgio Rangel, de Recife/PE, conquistou o primeiro lugar com uma Vanda Dr. Anek x Vanda Sanderiana; Gerson Paiva, de Natal/RN, ficou com o segundo lugar, apresentando uma Blc. Alma Kee; e Antonio Adailson, de Fortaleza/CE, apresentou uma Blc. Cruzeiro do Sul, que lhe rendeu o terceiro lugar. Segue-se seleção de fotos dos mais belos híbridos exibidos na Bienal/FestOrquídeas:
Durante os três dias da 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste, que aconteceu entre 2 e 4 de fevereiro, paralelamente ao 11º FestOrquídeas de Fortaleza, o público visitante teve ocasião de conhecer e adquirir o “ABC do orquidófilo – de uma, várias ou muitas orquídeas”, livro essencial na cabeceira de todo cultivador de orquídeas. O autor, Prof. René Rocha, esteve presente ao evento, tendo oferecido grande contribuição, ao participar da Comissão Julgadora e da mesa redonda realizada, no segundo dia da exposição, para discutir questões ligadas ao cultivo e classificação da Cattleya labiata.
O “ABC do orquidófilo” está em sua segunda edição, revisada e atualizada, após ter tido sucessivas reimpressões. Com 424 páginas, traz 64 pranchas coloridas, com cerca de 400 fotos de orquídeas, além de dezenas de ilustrações em preto e branco. Para complementar o livro, nesse aspecto, o autor criou um Compact Disc, onde reproduz centenas de imagens das mais variadas espécies de orquidáceas. O CD é parte integrante da obra e não pode ser vendido separadamente.
René Rocha produziu essa obra, pacientemente, após mais de 30 anos de estudos e prática no cultivo de orquídeas. Nas páginas do “ABC”, ele colocou conhecimentos, comentários e experiências aplicáveis e de fácil alcance para qualquer iniciante. O trabalho também é essencial para aqueles cultivadores mais experientes, no momento em que surgem dúvidas sobre a ortografia e pronúncia, a origem desta ou daquela espécie, ou mesmo sobre as práticas de cultivo indicadas para uma nova planta que chegou a suas mãos.
Contatos com o autor podem ser feitos através do e-mail: renerocha@ip3.com.br ou renerocha01@hotmail.com / – Tel. (35) 9135.2992. – Para informações complementares, visite a página: www.abcdoorquidofilo.com.br
Marcelo, René e Welington, na grande tenda da exposição.
A Associação Cearense de Orquidófilos faz questão de que, em suas exposições, a Comissão Julgadora seja formada por especialistas vindos de outros Estados. Essa norma saudável prevaleceu, mais uma vez, na 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste e 11º FestOrquídeas de Fortaleza (de 2 a 4 de fevereiro/2018), quando atuaram como juízes três destacadas personalidades do mundo orquidófilo brasileiro: Welington José Fernandes, presidente da Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil (CAOB); Prof. René Rocha, autor do livro “ABC do Orquidófilo”; e Marcelo Vieira Nascimento, botânico e geólogo, ex-presidente da Federação Orquidófila de Santa Catarina. O grupo foi secretariado por Marcelo Carvalho, da ACEO (sem direito a voto).
A Associação Cearense de Orquidófilos confere prêmios em sete categorias:
Grupo A – Melhor Espécie Brasileira
Grupo B – Melhor Espécie Estrangeira
Grupo C – Melhor Cattleya labiata (Troféu Waldir Lima Leite)
Grupo D – Melhor híbrido
Grupo E – Melhor Espécie Botânica
Grupo F – Melhor Cultivo – Mérito Horticultural (Troféu Prof. Pedro Ivo Braga)
Melhor Planta da Exposição, escolhida através do voto popular (Troféu Gerardo Carvalho)
No total, 19 prêmios são distribuídos. Em cada um dos seis primeiros grupos, três plantas são premiadas, mas somente o primeiro lugar vai para o pódio. Já com relação ao Troféu Gerardo Carvalho, apenas a mais votada recebe prêmio.
Sérgio compareceu cinco vezes ao pódio para receber merecidas premiações. Aqui, com Stella Papini, da ACEO.
Este ano, o orquidófilo Sérgio Rangel, membro da Associação Orquidófila de Pernambuco (ASSOPE), se destacou pela qualidade das flores que trouxe para a exposição, tendo conquistado nada menos que cinco prêmios:
1º lugar na categoria Melhor Híbrido (Vanda Dr. Anek x Vanda sanderiana);
2º lugar na categoria Melhor Espécie Botânica (Gomesa radicans);
2º e 3º lugares na categoria Mérito Cultural (Bc. Maikai Mayumi e Vandopsis lissochiloides)
3º lugar na categoria Cattleya labiata (Cattleya labiata caerulea).
Amante e estudioso da C. labiata, Sérgio Rangel participou da mesa redonda que, no segundo dia da exposição, discutiu aspectos relacionados a essa bela espécie, conhecida como a “Rainha do Nordeste”.
Cattleya labiata semi-alba, de Michelle Canário, 1º lugar em sua categoria.
No sábado, dia 2 de fevereiro, a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) promoveu importante debate sobre a Cattleya labiata. A mesa redonda, inserida na programação da 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste e 11º FestOrquídeas de Fortaleza, contou com a participação de René Rocha, autor do livro “ABC do Orquidófilo”; Marcelo Vieira Nascimento, botânico e geólogo, ex-presidente da Federação Orquidófila de Santa Catarina; Sérgio Rangel, do Recife, cultivador e estudioso da C. labiata; Welington José Fernandes, presidente da Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil (CAOB); Luíz Wilson Lima Verde, pesquisador das orquídeas cearenses; Marcelo Carvalho, diretor técnico da ACEO e ativista ambiental; e Italo Gurgel, diretor de Comunicação da ACEO e autor da “Cartilha de Cultivo de Orquídeas”. O conteúdo das diversas intervenções será editado, devendo constituir-se em uma publicação a ser lançada, oportunamente, pela ACEO.
Mesa redonda discute aspectos da “Rainha do Nordeste”.
Apesar da beleza da C. labiata e de sua importância para a orquidofilia brasileira, apesar de seu envolvimento essencial em um enorme número de hibridações, continua havendo certa indefinição sobre os padrões de cores e tonalidades dessa espécie. Também pairam dúvidas sobre o verdadeiro mapa de sua dispersão pelos estados nordestinos. Acrescente-se, ainda, o fato de que, hoje, a labiata, cognominada “Rainha do Nordeste”, está na lista de espécies vegetais ameaçadas de extinção na natureza.
Sobre tais questões, o jornalista Italo Gurgel comentou: “É com o propósito de buscarmos respostas para essas indagações que se realiza este encontro. Não temos a pretensão de que daqui saiam respostas conclusivas. Mas, se conseguirmos deitar um pouco de luz sobre as indefinições que cercam nossa Rainha, ficaríamos muito felizes. E quanto à história da C. labiata? O que sabemos sobre o trajeto dos clones maravilhosos que saíram do Nordeste para enfeitar as coleções do resto do País? Toda informação que se possa veicular, aqui, sobre a labiata, vai enriquecer nossos conhecimentos sobre essa flor. Vamos conhecê-la melhor e, assim, apreciá-la melhor.”
Ainda durante a mesa redonda, Italo Gurgel anunciou que se encontra em preparação, na ACEO, o livro “Orquídeas do Ceará”. Além dele, participam do projeto o diretor técnico Marcelo Carvalho e Luís Wilson Lima Verde, autor de dissertação de mestrado e tese de doutorado sobre as orquidáceas cearenses.
O objetivo da obra – disse Italo – “é chegarmos à relação mais completa e mais confiável possível, agregando fotos ou desenhos botânicos, além de breves informações sobre cada espécie. A checklist será precedida de um texto de cada coautor, com informações e comentários que, certamente, irão enriquecer a obra.”
Segue-se seleção de fotos das mais belas C. labiata exibidas na Bienal/FestOrquídeas.
Uma grande touceira de Grammatophyllum scriptum, cultivada por Gerson Paiva (residente em Natal/RN, membro da ACEO e da ASSOPE), conquistou, no primeiro dia da 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste e 11º FestOrquídeas de Fortaleza, o primeiro lugar na categoria Melhor Cultivo, garantindo assim o Troféu Prof. Pedro Ivo Braga. No último dia, arrebatou, também, o prêmio de Melhor Planta da Exposição, que é definido através do voto popular e dá direito ao Troféu Gerardo Carvalho. A planta viajou 600 quilômetros, mas chegou perfeita a Fortaleza. Por sua dimensão e grande beleza, atraiu a atenção da Comissão Julgadora e de todos os que visitaram a exposição.
A equipe apuradora do voto popular constatou que, este ano, nada menos de 128 plantas diferentes receberam votos dos visitantes. Isso atesta o quanto é diversificado o gosto do público, ao confrontar com a beleza e incrível variedade das orquidáceas.
O Grammatophyllum scriptum ocorre no Sudeste da Ásia e Papua Nova Guiné. Prefere baixas altitudes, sempre nas proximidades das praias e lagunas, onde é encontrado nos troncos das árvores.
Segue-se uma seleção de fotos das flores que encantaram o público, este ano, na Casa de José de Alencar, durante a 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste e 11º FestOrquídeas de Fortaleza.