Orquídeas para Vanessa Vidal

Vanessa Vidal Miss Ceará 2008
Vanessa Vidal, Miss Ceará 2008

Espedito e Vanessa Vidal, Vera e Juliana Coelho
Espedito Vidal, Miss Ceará, Vera e Juliana Coelho, respectivamente tesoureira e primeira secretária da ACEO, que fizeram a entrega das flores.

Miss Ceará 2008 e segundo lugar no Miss Brasil, Vanessa Vidal desembarcou em Fortaleza na noite de quarta-feira, 16, depois de ter brilhado no concurso de Miss Brasil. Representantes da ACEO a receberam no aeroporto com um buquê de orquídeas.

Vanessa foi a mais votada pelo público, a mais aplaudida pelo auditório do Citibank Hall, a que apresentou melhor conteúdo na entrevista às semi-finalistas. E, como se isso não bastasse, era, flagrantemente, a mais bela. Não conquistou o título, mas conquistou os brasileiros.

De volta a sua terra, Vanessa foi recebida – com flores, faixas, cartazes, beijos e abraços – por um grande número de admiradores, amigos, autoridades e jornalistas. Na pequena multidão, o mais entusiasmado de todos era, evidentemente, Espedito Vidal, o pai orgulhoso, membro do Conselho Fiscal e Deliberativo da ACEO e um dos mais atuantes membros da Associação.

Vanessa chegou deslumbrante, com um vestido branco e a faixa de Miss Ceará, sorridente, esbanjando beleza e simpatia. Deu entrevistas e, mais uma vez, demonstrou por que, apesar da deficiência auditiva, foi, durante todo o concurso, a candidata que mais fluentemente se comunicou com todos. A homenagem da ACEO, através das orquídeas (fornecidas pelos associados), representou não apenas um aplauso a sua beleza, mas também um reconhecimento a seu talento para derrubar os muros do preconceito e alargar as fronteiras da inclusão.

Uma referência de superação e sucesso

Vanessa Vidal é cearense, nascida em Fortaleza no dia 03 de março de 1984. Modelo profissional, estuda Ciências Contábeis na Universidade de Fortaleza – aluna surda pioneira – onde ineditamente conquistou, com altivez de cidadã consciente, o direito de ter intérprete de Libras em sala de aula. Estuda Letras/Libras na Universidade Federal do Ceará. É membro da COMPEDEF (Comissão Técnica Municipal para Elaboração de Políticas para Pessoas com Deficiência), diretora social da ASCE (Associação dos Surdos do Ceará) e professora de Libras em várias escolas de Fortaleza.

Surda congênita, sem causa específica, estudou os primeiros anos em escola especializada e teve valioso acompanhamento fonoaudiológo. Sua primeira vitória de inclusão foi, ainda com tenra idade, ter ingressado em escola de ouvintes, onde concluiu o ensino fundamental.

Vanessa é a primeira surda a disputar o Miss Brasil em 54 anos de existência do concurso.

A Miss Ceará 2008 é um estandarte vivo nas lutas pela tentativa de inclusão. Tem participação direta em diversas conquistas em prol dos portadores de necessidades especias. Uma significativa conquista foi a instalação de telefone público para surdos na cidade de Fortaleza. É ativista antiga na luta pelo direito ao passe livre em ônibus urbano. Luta fervorosamente para sensibilizar o serviso público e privado na inserção da comunicação em Libras, como direito de cidadania, formentando a inclusão do surdo no mercado de trabalho e nas discussãoes gerais da sociedade.

Vanessa Vidal – linda, simpática, inteligente, elegante, persistente, preparada, guerreira, humilde, iluminada, destemida, solidária, talentosa, encantadora, empreendedora e vencedora. Merece todas as nossas orquídeas.

Festa no Shopping em homenagem à mulher

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No cenário privilegiado do Del Paseo, as orquídeas foram uma das principais atrações no Dia Internacional da Mulher. Na última foto, a presença de membros da ACEO. 

A Associação Cearense de Orquidófilos realizou no Shopping Del Paseo, entre os dias 7 e 9 de março, o II Orquídeas de Março. A promoção, que coincide com o transcurso do Dia Internacional da Mulher, repetiu o sucesso do ano passado e se constituiu na primeira exposição de orquídeas do corrente ano em Fortaleza.

O objetivo era divulgar a prática do cultivo de orquídeas, tendo os membros da ACEO que acompanharam a exposição aproveitado a oportunidade para orientar e tirar dúvidas colocadas pelas centenas de visitantes. A mostra representou uma festa da Cattleya labiata, a única orquídea do gênero a habitar as serras do Ceará e que estava no pico de sua floração.

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Orquídeas enfeitam a casa do José

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Há um novo elemento na paisagem da Casa de José de Alencar, em Messejana/Fortaleza.

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Membros da ACEO desempenharam com muita dedicação a tarefa de fixar orquídeas nas árvores do jardim da CJA.

A Associação Cearense de Orquidófilos realizou no sábado, dia 1º de março, uma prazerosa atividade. Cerca de 15 associados compareceram, pela manhã, à Casa de José de Alencar, conduzindo plantas para serem fixadas nas árvores do jardim daquele importante espaço cultural de Fortaleza. O “presente” oferecido à CJA, local onde nasceu o autor de Iracema, foi uma forma de a ACEO retribuir a acolhida que recebe da instituição, onde acontecem as reuniões ordinárias mensais dos orquidófilos.

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Meta em 2008 é consolidar o crescimento da orquidofilia no Ceará

Depois de um ano de muitas realizações, que marcou extraordinário desenvolvimento da orquidofilia no Ceará, a ACEO tem diante de si, em 2008, o desafio de não deixar diminuir o entusiasmo e de consolidar as recentes conquistas.

Novas exposições irão acontecer, embora a segunda edição do FestOrquídeas deva ser transferida para 2009, de modo que o festival aconteça numa época mais apropriada, com o máximo de flores em nossos orquidários. Ao mesmo tempo, pretende-se realizar novas atividades técnico-científicas e dar seqüência às parcerias com a Semace e Universidade Federal do Ceará – dentre outras instituições – objetivando incrementar a pesquisa orquidológica, a divulgação da orquidofilia e as iniciativas voltadas para a preservação do meio ambiente. É também imprescindível investir no estreitamento de laços com outras entidades orquidófilas, em especial as do Nordeste.

Considera-se, igualmente, fundamental incentivar a vida associativa, fortalecendo a ACEO e, acima de tudo, aproximando os associados. As reuniões ordinárias irão continuar, na tarde do terceiro sábado de cada mês, na Casa de José de Alencar, enquanto cresce a movimentação no sentido de que se reproduzam com mais freqüência as reuniões informais.

As promoções e parcerias recentemente estabelecidas proporcionaram relativa saúde financeira à ACEO e, dessa forma, os associados que comparecerem às reuniões, mantendo em dia seu compromisso com a Tesouraria, deverão ser, cada vez mais, beneficiados com os sorteios de plantas e outros brindes.

Pelo visto, há muito a ser construído em 2008.

As entrevistas da ACEO 09: Lima Verde, memória viva da orquidofilia cearense

Engenheiro agrônomo e botânico taxonomista, Luiz Wilson Lima Verde é um homem da Ciência. Mas nem a objetividade e isenção da Ciência abalam sua forma apaixonada de encarar as orquídeas. Ligado ao Departamento de Biologia do Centro de Ciências da Universidade Federal do Ceará, ele se dedica aos estudos florístico-fitogenéticos dos vários ecossistemas cearenses, identificação taxonômica das espécies constantes desses ecossistemas (incluindo orquídeas e bromélias) e estudos sobre as abelhas nativas sem ferrão do Ceará, no que se refere às espécies por ecossistemas e suas relações com a flora local. Atual Diretor Técnico-Científico da ACEO, Lima Verde faz, nesta entrevista, um breve histórico da orquidofilia no Ceará e fala de seu trabalho como orquidólogo.
ACEO – Você, que é testemunha e personagem do movimento orquidófilo no Ceará, há muitos anos, poderia contar como tudo começou?
Luiz Wilson Lima Verde – O cultivo de orquídeas no Ceará remonta, pelo que sabemos, às primeiras décadas do século passado. Em Guaramiranga, as famílias Linhares e Matos Brito cultivaram-nas, inclusive em ripados. Em Maranguape, área serrana, o pai do nosso companheiro Pompeu de Souza Brasil também cultivou a nossa Cattleya labiata, mais ou menos no mesmo período. Supomos que nas décadas seguintes uma ou outra pessoa, em Fortaleza, também se dedicou ao cultivo dessa espécie. Com o surgimento dos jardins de comercialização de plantas ornamentais, no final da década de 60 para início de 70, deram-se os primeiros contatos entre os amantes das orquídeas, embora esses contatos também se estabelecessem entre pessoas que já se conheciam, como foi o caso do Waldir, o Sr. Gerardo (seu sogro) e eu. O certo é que em 1977 já havia um número maior de entusiastas, que se conectavam nesse sentido e o passo seguinte foi a criação da Sociedade Cearense de Orquidófilos (SCO).

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As entrevistas da ACEO 08: Apolônia Grade – lições de amor às plantas e respeito à natureza

A bióloga e engenheira ambiental Apolônia Grade, de Alta Floresta, Mato Grosso, é a entrevistada do Boletim ACEO de fevereiro (2008). Em conversa com Vera Coelho, ela fala sobre como cuida de suas plantas, na Chácara Recanto das Orquídeas, um verdadeiro templo da devoção à natureza.

ACEO – Morar num “paraíso” é desejo de muitos e privilégio de poucos. Conte-nos como o seu paraíso aconteceu.

Apolônia Grade – Eu costumava brincar, dizendo que enquanto os outros se preocupam em garantir o paraíso na próxima vida, eu busquei o meu agora. Mas Hoever me proibiu, dizendo: “Olha, o Paizão lá em cima pode levar isso a sério, e aí…” Parei com a brincadeira! O paraíso não veio de graça, foi construído dia-a-dia, com muito trabalho, muito suor. Quem conheceu a chácara antes da nossa chegada sabe testemunhar o quanto de trabalho foi necessário para que a transformação acontecesse. O importante é que aconteceu, e toda a família curte muito, junto, trabalha junto, e o que de melhor temos aqui é a harmonia.

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