Natal abre o calendário de exposições do Nordeste no segundo semestre

As associações orquidófilas do Nordeste se mobilizam para as exposições do segundo semestre.

Nos dias 25, 26 e 27 de agosto, realiza-se, em Natal, a ExpoSORN 2017. Com este evento, que acontecerá no Orquidário do IDEMA (Av. Alexandrino de Alencar,1487, bairro do Tirol) a Associação Orquidófila do Rio Grande do Norte comemora os 25 anos de sua fundação. Na ocasião, serão prestadas homenagens aos fundadores da entidade. Também estão previstas palestras de Clementino Câmara e Rosário Braga (Uso das algas no cultivo de orquídeas) e Cattleya granulosa (Edson Mattos), além de oficina de cultivo, a ser ministrada por Maria Gleide Brandão, e mesa redonda sobre as orquídeas do Rio Grande do Norte, com a participação de Roberto Guerra, Maria das Dores Melo e Gabriel Garcia.

Na sexta-feira, 25, o horário de visitação vai das 15:00h às 17:00h; no sábado e domingo, se estende das 8:00h às 17:00h. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (84) 98737.1478 – 99166.0749 – 99633.9778.

Seguem-se as exposições de:

  • João Pessoa – promovida pela Associação Paraibana de Orquidófilos (APO), nos dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro, no Tambiá Shopping, com a presença do Orquidário Flores do Lago.
  • Maceió – tendo à frente a Associação dos Orquidófilos e Bromeliófilos de Alagoas (AOBAL), nos dias 6, 7 e 8 de outubro.
  • Recife – numa promoção da Associação Orquidófila de Pernambuco (ASSOPE), nos dias 20, 21 e 22 de outubro.

As exposições da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) sempre aconteceram no mês de novembro. No entanto, o 11º FestOrquídeas de Fortaleza foi transferido para os dias 2, 3 e 4 de fevereiro de 2018. Paralelamente, será realizada a 4ª Bienal de Orquídeas do Nordeste. A fim de não frustrar as expectativas do público, a Associação deverá promover uma mostra ainda este ano, com data e local a serem oportunamente divulgados.

As próximas exposições no eixo Rio-Minas-São Paulo

O calendário de exposições da Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil (CAOB) prevê, para o corrente mês de julho, as seguintes exposições:

  • 14 a 16 – Arcos/MG e Pindamonhangaba/SP;
  • 21 a 23 – Guaxupé/MG e Congonhas/MG;
  • 28 a 30 – Caxambu/MG, Bauru/SP e São Roque/SP.

Observe-se que a exposição de Araraquara/SP abriu a agenda de exposições de julho, tendo se realizado entre os dias 7 e 9.

Exposição de orquídeas em NiteróiEnquanto isto, fora do circuito CAOB, em Niterói-RJ, a festa acontece nos dias 21, 22 e 23, entre 9:00h e 17:00h, no Horto do Fonseca. Além de orquídeas e bromélias, o visitante poderá adquirir cactos, suculentas, bonsais, temperos, rosas do deserto e outras plantas ornamentais, além de material de cultivo. Participação do Orquidário Imperial.

Expedição pesquisa a ocorrência de Bulbophyllum no Ceará

Expedição Bulbophyllum
Marcelo, Cecília, Valéria, Eduardo e Gleidison (da esq. para a dir.).

Expedição formada por pesquisadores de três Estados percorreu uma área do Maciço de Baturité, nos dias 28 e 29 de junho, observando a ocorrência de orquídeas e bromélias. Integravam o grupo Cecília Fiorini, doutoranda do programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal da Universidade Federal de Minas Gerais; Valéria Sampaio, da Universidade Federal do Ceará, especialista em Solanaceae; Eduardo Calisto, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, especialista em Bromeliaceae, e que estuda as bromélias do Ceará; e Marcelo Carvalho, Diretor Técnico da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), estudioso da flora cearense, com enfoque especial nas Orquidaceae. A expedição contou com a colaboração dos ambientalistas Roberto Otoch e Gleidison Lima, que deram inestimável apoio de campo em Mulungu e Aratuba.

Cecília Fiorini faz doutorado em Biologia Vegetal na UFMG. (Foto: Marcelo Carvalho)

Cecília Fiorini tem percorrido vários Estados brasileiros estudando a fileogeografia do complexo Bulbophyllum exaltatum e a evolução dos sistemas de reprodução do clado neotropical de Bulbophyllum (Orquidaceae). Ela veio ao Ceará realizar pesquisas das espécies do gênero que estuda. Aqui, estima-se haver, do clado em questão, duas espécies a serem confirmadas: Bulbophyllum exaltatum e Bublophyllum meridense. São espécies que geralmente ocorrem de forma rupícola, sobre afloramentos rochosos, mas que, no Ceará, vegetam de forma epífita em nossas matas úmidas.

Marcelo e Gleidison examinam exemplar de Epidendrum avicula. (Foto: Valéria Sampaio)

Visto que são raras e ameaçadas de extinção, encontrar orquídeas do gênero Bulbophyllum não é tarefa fácil. Essas plantas têm um alto grau de exigência com luminosidade e umidade e gostam de grandes amplitudes térmicas. Ocorrem em borda de mata ou nas árvores mais altas.

Marcelo Carvalho faz uma avaliação positiva da expedição, que realizou, com finalidade científica, coleta seletiva destinada aos herbários de instituições acadêmicas representadas. “Esperamos que, com as conclusões dos estudos que estão sendo realizados, possamos, futuramente, subsidiar políticas de preservação das orquídeas e de outras espécies de nossa flora”, observou o pesquisador cearense.

Dia do Orquidófilo – Uma data para nos aproximarmos da natureza e de suas mais belas criações

Cattleya labiata var. rubra 'Iracema'
Cattleya labiata var. rubra ‘Iracema’ – (Cultivo e foto: Italo Gurgel)

22 de junho – No Dia do Orquidófilo, a ACEO deseja a seus associados e a todos os amantes das orquídeas mais uma jornada abençoada pela beleza e perfume dessas flores. Hoje é um dia dedicado aos que, em um mundo invadido pela ganância, a concorrência, o consumismo e as vaidades, se voltam para as coisas da natureza, onde reside o próprio futuro da humanidade. Hoje é um dia para se iniciar a construção de um mundo novo.

Associação Cearense de Orquidófilos – ACEO

Associação Portuguesa de Orquidofilia apresenta nova edição de “Lusorquídeas”

Lusorquídeas

O boletim oficial da Associação Portuguesa de Orquidofilia (APO) está circulando com um rico conteúdo e, mais uma vez, excelente apresentação. Desta feita, “Lusorquídeas” traz, como matérias especiais, um texto da presidente da APO, Graziela Meister, sobre a Trichopilia; artigo de Jaime Vieira, “Reprodução das orquídeas”; entrevista com Francisco Diniz (“A paixão pelas orquídeas na Ilha Terceira”), feita por José Costa; estudo de Jorge Freixial sobre a Tillandsia ionantha; artigo de Paula Bacelar Nicolau intitulado “Conhece a flor das orquídeas?!”; e trabalho de Pedro Spínola com o título “Desafiando a norma – O gênero Dendrophylax“. Uma presença de Ultramar na revista é o texto do jornalista Italo Gurgel, da Associação Cearense de Orquidófilos, que pesquisou sobre “As orquídeas na Literatura brasileira”.

Enriquecem, ainda, este número da revista, as sessões tradicionais: “Ficha sintética de cultivo”, com informações completas sobre duas espécies brasileiras – o Catasetum macrocarpum e a Cattleya labiata; as notícias da Associação (“A APO em acção”), página que inclui, dentre outras, matéria sobre a 8ª Exposição/Venda Internacional de Orquídeas do Porto”, realizada entre 31 de março e 2 de abril; além do “Espaço do associado”.

Associação Portuguesa de OrquidófilosA APO vive um momento importante de sua história, que é comentado por Graziela Meister na “Mensagem da presidente”. Diz ela: “A APO festeja este ano o seu 10º aniversário. Foram dez anos com uma longa viagem no mundo das orquídeas, desde o início, em 2007, com um pequeno grupo de amigos que se juntaram para falar sobre a sua planta favorita – a orquídea, até 2017, em que a Associação Portuguesa de Orquidofilia, cheia de energia, começa a dar passos fora de seu território”. Refere-se a Presidente às participações da APO em exposições na Galícia (Espanha) e, mais recentemente, na Polônia.

Rio Claro abre, na próxima semana, sua 73ª Exposição Nacional de Orquídeas

Cartaz Rio ClaroAproxima-se a data de abertura de uma das mais belas e importantes exposições de orquídeas do Brasil. A 73ª Exposição Nacional de Orquídeas de Rio Claro (SP) realiza-se nos próximos dias 16, 17 e 18 de junho, como de costume, no Colégio Claretiano (Av. Santo Antônio Maria Claret, 1724), na acolhedora cidade de Rio Claro, a 170 km de São Paulo e a 85 km do Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

O evento atrai expositores e visitantes de vários estados e se inclui no roteiro obrigatório de orquidófilos de todo o Brasil e países vizinhos. Desta feita, a exposição se insere na programação comemorativa dos 190 anos da cidade e prevê a abertura para a sexta-feira, dia 16, às 19:30h. No sábado, o horário de visitação vai das 8:00h às 22:00h e, no domingo, das 8:00h às 17:00h. A entrada é gratuita e, mais uma vez, grande número de orquidários comerciais estarão presentes.

Uma atração à parte será o 19º Salão da Cattleya walkeriana, a se realizar, também, entre os dias 16 e 18, no Orquidário Rioclarense (Cesar Wenzel), na Av. Saburo Akamine, 620. Além deste, estão instalados, em Rio Claro, os seguintes orquidários comerciais: Orquidário Humberto Epiphanio (Av. P-35, 88), Orquidário Orquiviva (Av. Três, 730), e Orquidário Jordão (Rua Dezoito, 4271).

5 de junho: Um dia para refletir sobre o futuro do planeta e das novas gerações

Neste 5 de junho de 2017, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) lembra alguns fatos que precisam alimentar nossas reflexões. São alertas para que a sociedade se mobilize mais – e com maior frequência – para denunciar os atos que, sucessivamente, atentam contra o ambiente natural e comprometem a própria habitabilidade do planeta:

  • Aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa são desmatados, todo ano, em nosso País. Este processo acarreta inúmeros fatores negativos ao meio ambiente, entre eles, perda da biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de gás carbônico na atmosfera, alterações climáticas, erosão, entre outros.
  • De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 80% da extração de madeira na Amazônia ocorrem de forma ilegal.
  • A Caatinga já teve sua vegetação reduzida pela metade, devido ao desmatamento: 500 mil hectares são devastados a cada ano.
  • A Mata Atlântica, que no passado ocupou 15% do território brasileiro, já perdeu 93% de sua cobertura vegetal.
  • No Cerrado, o desmatamento começou na década de 1950, por conta da expansão das fronteiras agrícolas e das políticas públicas para ocupação do Centro-Oeste brasileiro. A intensa urbanização e as atividades agropecuárias fizeram com que 67% do bioma já tenham sofrido mudanças.
  • A busca por um desenvolvimento econômico imediatista é o principal responsável pelos desmatamentos no Brasil, que tem relegado a segundo plano o desenvolvimento social e ecológico. Os problemas daí decorrentes, e que já são evidentes nos dias atuais – enchentes aqui, secas catastróficas ali, elevação da temperatura… – poderão atingir grandes proporções em um futuro não muito longínquo, caso não ocorra, de imediato, maior conscientização da sociedade e dos governantes com relação à destruição dos recursos naturais.

Todo orquidófilo deve ser um personagem atuante em defesa do meio ambiente. No Ceará, vamos dizer não ao desmatamento em nossas serras. Vamos denunciar as agressões socioambientais na faixa litorânea. Vamos procurar salvar o que resta da Caatinga. Para encerrar, um lembrete: membro da ACEO não pactua com o comércio (criminoso) de orquídeas retiradas do mato. Orquidófilo consciente não compra nem vende “orquídea do mato”.

Foto e edição: Italo Gurgel

Fonte: Mundo Educação