Em São Roque (SP), o X Festival de Orquídeas e Plantas Ornamentais acontece entre os dias 31 de julho a 02 de agosto, das 9h às 18h, no Recanto da Cascata, um dos pontos turísticos da cidade que mais chamam a atenção dos visitantes. O local conta com 50.000 m² de Mata Atlântica, que, além da beleza, promove contato direto com a natureza, com trilha ecológica e uma cascata formada pelas águas do ribeirão Carambeí.
Este ano, o destaque é o Odontoglossum, orquídea originaria dos Andes, que se adaptou perfeitamente ao clima dessa região serrana. Além de cores intensas e aroma inconfundível, o Odontoglossum encanta a todos por parecer pintado a mão.
O evento traz o SOS Orquídeas, espaço aberto ao público para sanar dúvidas a respeito das plantas e promover a integração entre especialistas e os visitantes. A organização anuncia também a realização de workshops gratuitos, sobre cultivo de orquídeas, no sábado e domingo, às 15:00h. O evento conta com ampla infraestrutura, incluindo praça de alimentação e venda de artesanatos locais e doces caseiros. A entrada é franca. Estacionamento: R$ 10,00.
Você leu nossa postagem anterior sobre como fotografar orquídeas? Se não leu, veja a matéria que aparece logo abaixo, sob o título “Orquídeas: quem ama, fotografa (01)”.
O site da Associação Cearense de Orquidófilos quer continuar mostrando belas fotografias de orquídeas. Podem ser as flores que você cultiva ou que fotografou em uma exposição, ou no orquidário de um amigo.
Para participar desta série de postagens, observe algumas normas bem simples:
1) Selecione até 10 (dez) fotografias de boa qualidade, mostrando a floração de diferentes plantas (não repita fotos da mesma flor);
2) Dê preferência a fotos em que as orquídeas sejam, de fato, o elemento principal da composição;
3) Cada arquivo deve ser batizado com o nome científico ou horticultural correto da orquídea fotografada;
4) Envie as fotos selecionadas, em JPEG, com resolução de até 800 Kb, para o e-mail da ACEO: orquidofilos.com@gmail.com;
4) Ao transmitir as fotos, informe seu nome completo, cidade onde reside e atividade profissional, podendo enriquecer esses dados com alguma outra informação que considere relevante;
6) O participante aceita a possibilidade de uma ou mais fotografias não serem aproveitadas, o que poderá acontecer caso não apresentem um padrão razoável de qualidade.
Todo orquidófilo gosta de mostrar suas orquídeas floridas. Aqui está um espaço reservado para acolher esse desejo. Aguardamos suas fotos.
Não é necessário ser fotógrafo profissional, nem possuir equipamento fotográfico sofisticado. Basta atentar para algumas noções básicas e você também será capaz de produzir belas fotos de orquídeas. Afinal, o “modelo” ajuda, com a beleza e variedade de suas cores e formas.
Uma vez que as orquídeas têm vida efêmera, é interesse nosso, como orquidófilos, perenizar sua imagem através da fotografia. Surge, daí, um rico material para enviarmos aos amigos, usarmos como wallpaper e ilustrarmos nossas páginas nas redes sociais.
Que cuidados devemos adotar na hora do “click”? Seguem-se alguns conselhos dados por orquidófilos experientes:
Fotografe as flores logo que elas desabrochem plenamente.
Evite a iluminação direta, seja do sol ou do flash. Dê preferência à luz filtrada. Dentro de casa, use um anteparo; no jardim, aproveite os dias nublados ou os momentos em que o sol estiver entre nuvens.
Evite deixar a flor muito próxima ao fundo, para que ela não projete sombra, caso haja luz de frente.
Nas fotos ao ar livre, dê preferência à parte da manhã, quando a luz é mais suave. Busque, por exemplo, um cenário de folhagens ou algo que não introduza muitas cores e formas que possam “brigar” com as formas e cores das orquídeas.
Nas fotos em ambiente interno, crie um fundo preto para valorizar as cores, usando para isso um material não brilhoso.
Proteja a planta do vento, pois o movimento prejudica o foco.
Posicione a lente da máquina de modo a realçar as boas características da flor, lembrando que, no caso do fotógrafo amador – a quem se destina esta mensagem – o objetivo é ressaltar a beleza das orquídeas, não havendo pretensões de transmitir conhecimentos botânicos.
Isto é o começo. Com a prática, você irá pouco a pouco aprimorando sua técnica e obtendo fotografias cada vez melhores. Tão boas quanto as que ilustram essa postagem. São fotos de autoria do orquidófilo e paisagista carioca Carlos Keller, que obtém excelentes resultados utilizando equipamento simples. Uma amostra ampliada das flores do Keller está disponível no Youtube. Veja o espetáculo que ele nos proporciona, acessando: https://www.youtube.com/watch?v=ctPf13Efr4A&feature=youtu.be
(Esta é a primeira postagem da série Orquídeas: quem ama, fotografa. Em breve daremos sequência ao tema, convidando os internautas para participarem enviando suas fotos. Aguarde instruções sobre como participar.)
O livro “Cultivo moderno de orquídeas: Phalaenopsis e seus híbridos” será lançado durante o 20º Congresso Brasileiro de Floricultura e Plantas Ornamentais, que se realiza, de 7 a 11 de setembro de 2015, na ESALQ, em Piracicaba (São Paulo), paralelamente ao 7º Congresso Brasileiro de Cultura de Tecidos.
O livro, de autoria dos engenheiros agrônomos Roberto Takane, Sérgio Yanagisawa e Wagner Vendrame, tem como objetivo fornecer informações precisas sobre o cultivo técnico de Phalaenopsis, incluindo dados e perspectivas de mercado atualizados. Também repassa noções de conscientização ambiental como, por exemplo, evitar a coleta de orquídeas nativas na mata brasileira, bem assim o uso do xaxim (Dicksonia sellowiana) como substrato, uma vez que essa espécie corre risco de extinção. O trabalho reproduz mais de 250 fotos coloridas.
Com capítulos dedicados a Botânica, Importância econômica, Ambiente de cultivo, Substratos, Propagação e replantio, Florescimento, Doenças e pragas e Comercialização, o livro traz informações que interessam tanto a produtores como fornecedores, atacadistas, varejistas e, evidentemente, aos admiradores da Phalaenopsis – espécies ou híbridos. (Mais informações pelo e-mail: robertotakane@ufc.br)
Transcrevemos, a seguir, artigo do jornalista Italo Gurgel, Diretor de Comunicação da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), publicado no Vol. 28, Nº 3 da revista Orquidário, publicação trimestral da OrquidaRio Orquidófilos Associados, do Rio de Janeiro. Segue-se o texto:
“As mudanças climáticas, em escala global, são cada vez mais evidentes e trágicas. As temperaturas sobem, eleva-se o nível dos oceanos e o processo de desertificação avança – com imprescindível ajuda do homem, que segue desmatando, promovendo queimadas e investindo contra as matas ciliares e nascentes dos rios. Agora, o resultado dessa conjugação de malefícios bate à nossa porta e invade nosso cotidiano. O calor é sufocante, nas grandes cidades o ar se torna irrespirável e, de repente… faltou água nas torneiras. Em boa parte do País, a fonte secou.
No Ceará e no Nordeste, o relato das grandes secas está presente na história desde os tempos coloniais. Na literatura, cinema, teatro, música e artes plásticas, é tema recorrente. Mesmo assim, não se conhecem soluções redentoras. Nos longos períodos de estiagem, as represas secam inapelavelmente. E nem sempre adianta perfurar poços artesianos, pois, em boa parte do Sertão, a água, de tão salobra, é imprópria para o consumo. Assim, a única saída, para evitar o colapso total, é o racionamento.
Esse contexto de escassez é penoso para todos. Mas, quando se tem uma atividade que, normalmente, impõe consumo elevado de água – como o cultivo de orquídeas –, cabe admitir que a situação se torna dramática.
Há muito tempo, enfrento esse drama. Tenho dois pequenos orquidários – um na Região Metropolitana de Fortaleza, outro na cidade serrana de Pacoti, a 100 quilômetros da Capital. Em ambos, a escassez de água é velha conhecida, independentemente de as fontes serem diferentes: no primeiro, disponho de um poço profundo, cuja vazão se reduz drasticamente nos longos meses sem chuva; no segundo, conto com os serviços da companhia de água e esgoto (o que se traduz no fornecimento de água, por alguns minutos, a cada oito ou dez dias).
Na serra, como no litoral, a situação agrava-se porque os ventos fortes costumam soprar nos meses mais secos, justamente quando a temperatura sobe e as nuvens quase que desaparecem. As plantas, então, começam a desidratar mais rapidamente, exigindo regas mais abundantes e frequentes.
O que fazer? Viver uma situação emergencial significa aprender a administrar a escassez, ou seja, obter o máximo, empregando o mínimo. Não se pode desperdiçar aquilo que, de repente, se tornou precioso e raro. O “lado bom” da carência é que o estresse hídrico termina resultando em florações mais abundantes, no caso de algumas espécies. Convenhamos, porém, que a essa altura não são as flores o que mais nos interessa, e sim a sobrevivência das plantas.
Quando a vazão do poço diminui, quando a torneira somente jorra uma vez por semana, cuido de armazenar a água disponível. Procurando não desperdiçar uma gota sequer – prática, aliás, necessária em qualquer época ou circunstância – faço pequena reserva, suficiente para uso doméstico e rega das orquídeas.
Esse armazenamento, que em Pacoti é feito em duas caixas d’água de fibra de vidro (interligadas), irá garantir outro resultado benéfico. Como, nesse período, a má qualidade da água passa a exigir uma quantidade maior de cloro em seu tratamento, um repouso mais prolongado, nos depósitos, possibilitará certa aeração, reduzindo a clorificação. As plantas agradecem.
A estratégia mais efetiva há de ser posta em prática na hora de molhar as orquídeas. É o que se pode chamar de óbvio: se não existem soluções mágicas, a saída é espaçar as regas e reduzir o dispêndio d’água em cada sessão.
Nenhum desperdício é permitido. Nada de jatos abundantes, como nos velhos bons tempos de represas transbordantes. Com o fluxo da mangueira regulado em um mínimo, iremos ministrar doses contidas, numa rápida passagem pela fileira de vasos, apontando para o substrato. Se necessário, depois forneceremos um pouco mais a este ou aquele vaso onde o toque do dedo revelar que o substrato continua seco.
Nos dias de mais aguda escassez, podemos nos contentar com o borrifador e esquecer a mangueira. Aliás, em qualquer quadra do ano, não é preciso mais do que o borrifador para regar as orquídeas fixadas em placas ou estacas de madeira. Lançar um jato d’água sobre esses suportes é mero esbanjamento.
Por outro lado – e voltando às plantas acomodadas em vasos –, devemos ser um pouquinho mais generosos com aquelas cujo pseudobulbo está em crescimento. A falta d’água, nessa etapa, pode fazer com que o pseudobulbo não se desenvolva adequadamente, acarretando, depois, florações mais modestas, quando não, o abortamento das espatas.
Para obtermos o melhor proveito da irrigação parcimoniosa, vamos nos lembrar daquela recomendação de regarmos o orquidário pela manhã. Como a evapotranspiração das plantas será mais forte nas horas seguintes, é desejável que suas raízes encontrem reservas de umidade para repor a água que se perderá através das folhas.
Não nos esqueçamos, também, de que os vasos plásticos retêm a umidade por mais tempo. Portanto, na hora de regar, eles não precisam receber tanta água quanto os de argila. Outra estratégia recomendável é, na medida do possível, substituir o substrato que não retém umidade por aquele que se mantém úmido por mais tempo. Isto significa, por exemplo, menos brita e isopor, mais esfagno e casca de coco.
Uma vez que o vento em excesso apressa a desidratação das plantas, especialmente quando há baixa umidade do ar, cabe tomar providências para barrar um pouco a ventilação, adensando o telado nas paredes laterais. Um pouco mais de sombreamento também ajuda, levando-se em conta que, conforme já assinalei, a época de águas escassas é aquela em que o sol flagela com mais rigor as plantas, os animais… e o bicho homem. Menos sol, menos evapotranspiração.
Sombrear mais, ventilar menos… dependendo das circunstâncias, esta fórmula pode levar à proliferação de fungos. Felizmente, o perigo de que o inimigo se fortaleça será reduzido pelas próprias condições climáticas e pela redução das regas.
Cabe lembrar que a economia de água em outros itens da vida doméstica é absolutamente necessária e vem complementar o esforço de redução do consumo no orquidário. Coloquem-se em prática, então, aqueles aconselhamentos que os veículos de comunicação têm repetido à exaustão: na hora do banho, fechar a torneira ao ensaboar-se; coletar a água do banho para dar descarga no vaso sanitário; não deixar torneiras gotejando… Uma providência urgente é dar férias não remuneradas àquela maquininha que acelera o jato d’água, a lavadora de alta pressão, que eleva consideravelmente o consumo. O carro está empoeirado? Limpa-se com uma flanela molhada.
De resto, considero que o item principal de todo o receituário para sobreviver à era das vacas magras é usar o bom senso, é observar melhor as orquídeas, procurando apreender suas carências ou satisfação com a quantidade de água que estamos ministrando. Não podemos pecar pela falta, nem pelo excesso, uma postura que, na verdade, deve prevalecer o tempo inteiro em nossos orquidários. Chova ou faça sol.”
A OrquidaRio, associação orquidófila do Rio de Janeiro, realiza, no próximo fim de semana, exposição no Museu da República (Rua do Catete, 153, em frente à estação do metrô). Paralelamente, haverá oficinas de cultivo e palestra, assim como a venda de plantas e peças de artesanato.
O público poderá visitar a mostra, na sexta-feira (3 de julho), no sábado (dia 4) e domingo (dia 5), entre as 8:00h e 17:00h. No primeiro dia, estão agendadas oficinas de cultivo básico de orquídeas para as 10:00h e 14:00h. No sábado, haverá oficina às 10:00h e, às 14:00h, palestra de Roland Brooks sobre “Pragas e doenças”. No domingo, repetem-se as oficinas de cultivo às 10:00h e às 14:00h. A exposição se encerra às 17:00h.
Comemora-se hoje, 22 de junho, no Brasil, o Dia do Orquidófilo. A data foi escolhida por ser o dia do nascimento do botânico João Barbosa Rodrigues (1842-1909), o primeiro a desenvolver estudos aprofundados sobre as orquídeas brasileiras. Pela efeméride, a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) saúda seus associados e todos os amantes das orquídeas – do Monte Caburaí ao Arroio Chuí. E lembra o compromisso do mundo orquidófilo com a defesa do meio ambiente, o que inclui uma condenação veemente ao comércio de orquídeas retiradas do seu ambiente natural.
Obs. – As flores que ilustram esta postagem são algumas das que estavam expostas na reunião da ACEO, sábado passado, dia 20.