Presidente da ACEO visita o Vandário de Inhotim

Uma cortina de raízes denota o vigor das vandáceas de Inhotim.
Uma cortina de raízes denota o vigor das vandáceas de Inhotim.
Sob a proteção da treliça, as florações são abundantes.
Sob a proteção da treliça, as florações são abundantes.
Vera Coelho: o encantamento com Inhotim.
Vera Coelho: o encantamento com Inhotim.

A presidente da Associação Cearense de Orquidófilos-ACEO, Vera Coelho, visitou, dias 24 e 25 de janeiro, o Instituto Inhotim, em Minas Gerais, tendo dedicado horas à contemplação do Vandário, um dos mais belos espaços daquele extraordinário museu, considerado o maior e mais importante centro de arte ao ar livre da América Latina. No Vandário, Vera foi recebida por Mônica Fátima, uma das responsáveis pela instalação, que recebe preciosa orientação da orquidóloga Delfina de Araújo.

O Vandário recebe orientação de Delfina de Araújo.
Vandário tem orientação de Delfina de Araújo.

Segundo a Presidente da ACEO, ali são cultivadas, atualmente, cerca de 500 vandáceas, entre Vandas, Ascocendas, Rhynchostylis e Aerides. O local é muito ventilado e as instalações são cobertas de treliças de madeira, dispensando-se o sombrite. Vera comenta que “a proximidade de um lago garante elevada umidade do ar e o enraizamento das plantas é impressionante, formando uma verdadeira cortina”.

O Vandário foi inaugurado a 22 de março de 2014, sendo reservado à exposição de espécies e híbridos do grupo Vandaceous (ou Vandáceas), que compreende diversos gêneros originários do Sudeste Asiático e Austrália. São plantas que se desenvolvem facilmente em clima quente e úmido e suas flores, de variadas cores e texturas, têm extraordinária beleza.

O Vandário faz parte do projeto Jardim Botânico Temático. A intenção é inaugurar novos espaços de visitação botânica dentro do parque, para sensibilizar o público sobre a utilidade e o valor dos recursos vegetais. O Vandário é o segundo espaço temático do Instituto. Em setembro de2013, um Jardim de Pedras, inspirado nas paisagens desérticas do México, foi inaugurado ao lado do Viveiro Educador. Ali são encontradas espécies marcantes da vegetação dos países com clima desértico.

O INHOTIM – O Instituto Inhotim é a sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil. Está localizado em Brumadinho, uma cidade de 30 mil habitantes, a apenas 60 quilômetros de Belo Horizonte. No ano passado, o parque foi eleito, pelo TripAdvisor, um dos 25 museus do mundo mais bem avaliados pelos usuários. Surgiu, em 2004, para abrigar a coleção de Bernardo Paz, empresário da área de mineração e siderurgia, proprietário de valiosa coleção de arte modernista, que incluía trabalhos de Portinari, Guinard e Di Cavalcante. Em 2006, o local foi aberto ao público, tendo se tornado, em pouco tempo, uma das mecas do turismo em Minas Gerais.

CURIOSIDADE ETIMOLÓGICA – Segundo os moradores de Brumadinho, o local foi uma fazenda pertencente a uma empresa mineradora que, no século XIX, atuava na região e cujo responsável era um inglês, de nome Timothy – ou “Senhor Tim”, que, na linguagem local, acabou virando “Inhô Tim”. Daí a atual grafia: “Inhotim”.

 

Entrevistas – nº 24: Graziela Meister fala do cultivo de orquídeas em Portugal

Graziela, junto às orquídeas, no cantinho mais aconchegante de sua casa no Porto.
Graziela, junto às orquídeas, no cantinho mais aconchegante de sua casa no Porto.

A presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia (APO), Graziela Meister, conversou, na cidade do Porto, com o diretor de comunicação da ACEO, jornalista Italo Gurgel. Na entrevista, ela fala de sua paixão pelas orquídeas, que cultiva há mais de 45 anos.

Italo Gurgel – O que a levou a cultivar orquídeas? Quando isto aconteceu?

Graziela Meister – O que me levou a cultivar orquídeas foi sua beleza e formas singulares, que as distinguem de todas as outras plantas. Há 45 anos, encontravam-se muito poucas orquídeas em Portugal e isso também foi um desafio para mim. Tudo começou mais ou menos em 1967, quando costumava ir a um grande horto do Porto, que se chamava Moreira da Silva, e onde encontrei as primeiras orquídeas à venda. Nessa altura, só se vendia Paphiopedilum e Cattleya.

IG – Lembra-se de sua primeira orquídea? Ela ainda está com você?

GM – Sinceramente, não me lembro de minha primeira oruídea. Sei que era um Paphiopedilum, mas não sei a sua espécie. As orquídeas não vinham referenciadas e não havia os meios que hoje temos para as qualificar. Já não a tenho, nem me lembro o que lhe aconteceu. Vivi durante dez anos num apartamento e, quando mudei para a casa onde vivo hoje, já tinha construído nela duas estufas, uma temperada e outra quente. Na temperada, tinha muitos gêneros de plantas e as orquídeas coloquei-as todas na estufa quente, que era mesmo quente, sem os meios necessários para as orquídeas se sentirem confortáveis, daí perdi um grande número delas. A informação sobre orquídeas era mínima, só comecei a tê-la depois de comprar alguns livros da especia-lidade no estrangeiro.

IG – Quantas orquídeas você cultiva atualmente e onde estão elas?

Laelias e Cattleyas estão entre suas orquídeas preferidas.
Laelias e Cattleyas estão entre suas orquídeas preferidas.

GM – Atualmente, cultivo mais de 1.000 orquídeas, espalhadas por todo o jardim, numa estufa fria e numa espécie de jardim de inverno, que chamo de estufa quente. A maior parte das orquídeas em flor coloco-as num canto da sala envidraçada, para as poder admirar.

IG – Quanto tempo você dedica, diariamente, a suas plantas?

GM – Não estou muito tempo com as minhas orquídeas, ou pelo menos o tempo que eu desejaria estar. Na média, estou uma hora por dia, tendo o cuidado de ir verificando se têm alguma doença, para as tratar logo no início. Em alguns fins de semana ou quando não preciso dar aulas, aproveito para cuidar delas com mais minúcia.

IG – Quais são os gêneros/espécies (ou híbridos) de sua preferência?

GM – Todas as Cattleyas são para mim a rainha das orquídeas, mas aprecio muito a Laelia purpurata e os Lycastes.

IG – Hoje, quais os critérios que você observa quando vai adquirir uma nova planta?

GM – Ao adquirir novas orquídeas, dou especial atenção à temperatura que elas exigem e escolho principalmente as orquídeas oriundas de um habitat temperado.

IG – O que você faz para cultivar orquídeas tropicais no Porto, levando em conta as condições climáticas?

GM – Como vivo perto do mar, não tenho grande problema com as temperaturas baixas ou geadas. Geadas, não tenho mesmo. A zona onde vivo é uma grande estufa temperada. Todas as orquídeas que exigem mais calor, cultivo-as na estufa quente.

IG – O cultivo de orquídeas tem-se popularizado em Portugal?

Flores e presépios - duas paixões de Graziela Meister.
Flores e presépios – duas paixões de Graziela Meister.

GM – Com o decorrer dos anos, e especialmente com o trabalho que a Associação Portuguesa de Orquidofilia tem tido em levar ao público o ensinamento do cultivo de orquídeas, os hortos portugueses têm muito mais orquídeas à venda do que, por exemplo, seis anos atrás. Vamos, em 2015, realizar a 6ª Exposição/Venda Internacional de Orquídeas do Porto. Durante o ano, fazemos pequenas exposições nacionais, conforme os convites que recebemos, mas na primavera e outono estamos sempre presentes nas festas do Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa. Estamos a organizar a 1ª Exposição/Venda para o próximo outubro, em Lisboa, com a intenção de passarmos a fazer uma exposição internacional também naquela cidade.

IG – As orquídeas nativas de Portugal sofrem alguma ameaça em seu ambiente natural?

GM – As orquídeas nativas não correm muitos perigos. Há em Portugal uma associação de orquídeas silvestres, que se dedica só a esse tipo de orquídeas.

Em oferta, livros fundamentais de nossa literatura orquidófila

O "ABC" foi ampliado e atualizado.
O “ABC” foi ampliado e atualizado.

Antecipando-se à atualização do seu site (www finaorquidea.com) a livraria virtual Fina Orquídea Livros anuncia a disponibilidade de alguns livros considerados raros e importantes na formação de uma biblioteca básica. Também informa sobre o relançamento do “ABC do Orquidófilo de uma, várias ou muitas orquídeas”, de autoria do Prof. René Rocha. Ampliada e atualizada, essa obra chega à sua segunda edição. Para obter mais informações, os interessados em adquirir os livros devem entrar em contato diretamente com a livraria, através de um dos seguintes endereços: contato@finaorquidea.com e livros@finaorquidea.com

Entre os livros raros atualmente disponibilizados pela Fina Orquídea, estão:

Livro resultou de uma pesquisa de 30 anos.
Livro resultou de uma pesquisa de 30 anos

“Orchidaceae Brasiliensis”, de Guido Pabst & Dungs. Obra imprescindível para o conhecimento das orquídeas brasileiras. É considerado um dos mais importantes livros editados no Brasil sobre orquídeas, sendo o resultado de 30 anos de estudo. Editado na década de 1970, além de listar perto de 2.300 espécies então conhecidas e descritas, apresenta 285 ilustrações a cores dos segmentos florais de muitas espécies, da autoria de Margaret Mee e Samuel Salvado, além de 575 desenhos a bico de pena. Editado em Português, Inglês e Alemão.

“Flora Brasílica” (coleção completa), de F.C. Hoehne. Todos os volumes da família Orchidacaea (5 volumes). Bom estado de conservação. O livro traz 681 pranchas (128 coloridas). Indispensável para quem quer conhecer a flora orquidácea brasileira. Apesar de antigo, um dos mais completos estudos nessa área

“Native Orchids of Brazil”, de H.D. Bicalho e J. Miura. Livro raríssimo, mostra orquídeas em habitat e em cultivo. Variedades e clones de Sophronitis. Tamanho: 22 x 34 cm, 365 páginas. Edição da AOSP (Associação Orquidófila de São Paulo).

The Brazilian Bifoliate Cattleyas and their Color Varieties”, de J.A. Fowlie. A mais completa monografia sobre as espécies brasileiras de Cattleyas bifoliadas. Para cada espécie tratada, há informações sobre sinônimos, literatura pertinente, história, discussão, descrição detalhada, cores, habitats e variedades, ilustrado com fotos e com desenhos.

Orquidofilia pernambucana perde Odilon Pereira da Cunha

Faleceu domingo, dia 28, no Recife, o orquidófilo Odilon Pereira da Cunha, membro fundador e ex-presidente da Associação Orquidófila de Pernambuco (ASSOPE). O velório e cremação aconteceram, na manhã desta segunda-feira, no Cemitério Morada da Paz, numa cerimônia com a presença dos familiares.

Odilon foi idealizador e fundador do ORQUIS – Centro de Orquídeas de Pernambuco, instituto de pesquisa em orquidáceas, mantenedor de uma coleção riquíssima, considerada uma das melhores e mais diversificadas coleções de orquídeas da América do Sul. Ali são cultivados, atualmente, 186 gêneros e 836 espécies, perfazendo mais de seis mil exemplares.

Pesquisador com inúmeros trabalhos em prol da orquidofilia pernambucana, Odilon projetou o orquidário do Jardim Botânico do Recife, o orquidário da Universidade Federal de Pernambuco e da reserva Tapacurá (reserva Prof. Vasconcelos Sobrinho). Foi consultor técnico do primeiro laboratório de cultura vegetal a realizar clonagem na América do Sul, o Equilab-Campinas, e colaborou com o Orquidário Nacional do IBAMA, Projeto Orquídeas do Brasil, desenvolvido pela orquidóloga Lou Menezes. Também prestou consultoria em nível internacional.

Beto Kaiser: a sorte sorri para quem tem um grande coração

Envergando o avental da ACEO, Beto exibe a tela merecidamente conquistada.
Envergando o avental da ACEO, Beto exibe a tela merecidamente conquistada.

Beto Kaiser, grande amante e cultivador de orquídeas, transmitiu mensagem à Associação Cearense de Orquidófilos, após ser contemplado com a tela “Cascata de orquídeas”, do artista plástico Lucivald, sorteada ao final do 8º FestOrquídeas de Fortaleza. Conhecedor do trabalho da ACEO e movido pelo desejo de colaborar para o êxito da exposição, Beto, que reside no Balneário Arroio do Silva, litoral sul de Santa Catarina, adquiriu um bom número de bilhetes, tão logo a rifa da tela foi anunciada por este site.

Na mensagem dirigida à presidente da ACEO, Vera Coelho, ele confessa: “Sempre gostei de ajudar as pessoas e as organizações. De repente, uma recompensa… Comprei alguns números da rifa da ACEO e ganhei o primeiro prêmio. Juntamente com ele, recebi mais alguns brindes, como um lindo avental (para fazer churrasco), um chaveiro e uma utilíssima lixeirinha para colocar no carro. Obrigado a todos os amigos da ACEO.”

ACEO traz notícias de Portugal

Cartaz - Portugal 2014A Associação Portuguesa de Orquidofilia (APO) prepara-se para realizar sua 6ª Exposição/Venda Internacional de Orquídeas do Porto, a ter lugar nos dias 20, 21 e 22 de março de 2015. A mostra será instalada na EXPONOR – Feira Internacional do Porto, o maior recinto de feiras e congressos em Portugal, localizado em Matosinhos, no Grande Porto. Informações mais detalhadas poderão ser obtidas através do endereço www.lusorquideas.com ou pelo telefone: 22 998 1400.

A APO tem como principais objetivos fomentar a divulgação, o conhecimento e o interesse pelas orquídeas; divulgar o cultivo correto dessas plantas; realizar exposições, palestras, workshops, publicações regulares e informações on-line; promover a conservação das orquídeas, tanto em seu habitat natural, como nas coleções públicas ou privadas; e estabelecer protocolos e parcerias com outras entidades.

A convite da presidente da APO, Graziela Meister, o diretor de Comunicação da Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO), Italo Gurgel, ministrou palestra, no último dia 8, na cidade do Porto. O tema “Cattleya labiata” atraiu o interesse de inúmeros amantes das orquídeas – portugueses e também espanhóis – que participaram de um simpático encontro no Horto da Boavista. “Espero que essa visita marque o começo de uma longa e proveitosa colaboração entre APO e ACEO”, disse o visitante. Segue-se uma seleção de fotos feitas por ele nos jardins do Horto, onde os Cymbidium são, atualmente, o grande destaque.

811 - Porto - Horto da Boavista800 - Porto - Horto da Boavista801 - Porto - Horto da Boavista802 - Porto - Horto da Boavista805 - Porto - Horto da Boavista803 - Porto - Horto da Boavista

807 - Porto - Horto da Boavista808 - Porto - Horto da Boavista

Estudante ganhou orquídea no 8º FestOrquídeas de Fortaleza

A ganhadora da rifa de uma orquídea, anunciada no 8º FestOrquídeas de Fortaleza, foi Aylane Sarah Almeida Firmino, 14 anos, com o bilhete nº 0308.

Acompanhada de seu pai Bil, a estudante do primeiro ano do ensino médio do Colégio Juarez Távora, bairro de Fátima, recebeu das mãos de Juliana Coelho, Diretora de Eventos da Associação Cearense de Orquidófilos, uma Lc. Suzuki’s Red.

Muito feliz, disse que foi a primeira orquídea a ganhar e que agora sonha ter outras.

Aylane e Juliana
Aylane e Juliana
Lc. Suzuki's Red
Lc. Suzuki’s Red