Já está na gráfica o livro “Orquídeas do Planalto Central Brasileiro”, de autoria da engenheira florestal Lou Menezes. Ela dirige o Orquidário Nacional do IBAMA, em Brasília, onde coordena o projeto Orquídeas do Brasil, responsável pelo lançamento de diversos estudos sobre a flora orquidácea do nosso país. A nova obra, ricamente ilustrada, tem 536 páginas, revelando centenas de espécies e respectivos gêneros, que deverão surpreender os leitores pela beleza e variedade. Alguns gêneros, como Catasetum e Cyrtopodium, impressionam pelo volume de conteúdos.

O gênero Cattleya, por sua vez, dá continuidade ao trabalho de Lou Menezes sobre a C. walkeriana, incluindo mais de uma centena de fotos inéditas, acompanhadas de outras tantas da C. nobilior. Vale ressaltar que muitas espécies ditas do Planalto Central podem ser encontradas em outras regiões do Brasil, o que torna o livro interessante para os orquidófilos de todo o País. O lançamento oficial no Nordeste será feito pela Associação Orquidófila de Pernambuco-ASSOPE, durante a exposição agendada para os dias 14, 15 e 16 de março, no Recife.

O livro, que se insere na programação comemorativa dos 25 anos do IBAMA, traz a foto de uma belíssima orquídea dedicada à presidente Dilma Rousseff. Interessados em adquiri-lo devem se dirigir diretamente à autora, através do endereço eletrônico: louorquidibama@hotmail.com

A partir do próximo FestOrquídeas de Fortaleza, a Associação Cearense de Orquidófilos dará o nome de Waldir Lima Leite ao troféu destinado à melhor Cattleya labiata da exposição. Proposta neste sentido, apresentada pela Diretoria da ACEO, foi aprovada, por unanimidade, na reunião de sábado passado, dia 15, na Casa de José de Alencar.

Esta é mais uma homenagem que a entidade presta a Waldir, sócio fundador, ex-presidente  da Associação e grande incentivador do cultivo de orquídeas no Ceará, falecido recentemente, aos 75 anos. Waldir tinha especial predileção pela C. labiata, que cultivou aos milhares, em seu sítio, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ainda na reunião de sábado, a pedido da presidente Vera Coelho, os associados presentes fizeram um minuto de silêncio, em reverência ao colega desaparecido.

DISCUSSÃO

Tal como havia sido anunciado, o encontro de sábado reservou uma hora para profícua discussão, que terminou gerando dezenas de sugestões para enriquecer as atividades da ACEO no corrente ano. Separados, inicialmente, em pequenos grupos, os associados voltaram a se reunir, depois, no auditório principal da CJA, para apresentarem suas ideias. Estas foram expostas em folhas de cartolina, que agora se encontram em poder da Diretoria para serem compiladas e sistematizadas. As propostas dizem respeito às variadas formas de atuação da ACEO, com um capítulo especial reservado ao FestOrquídeas.

O propósito da ACEO, com essa discussão, foi auscultar os principais interesses dos associados e democratizar o processo decisório, levando todos a se envolverem mais na vida da entidade. Ao final da reunião, foram apresentados os novos associados e feito o tradicional sorteio de plantas do Orquidário Santa Bárbara.

A editora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está lançando “Flora do Parque Estadual do Ibitipoca e seu entorno”, organizado por Rafaela Campostrini Forzza, Luiz Menini Neto, Fátima R.G. Salimena e Daniela Zappi. O livro aborda desde a criação dessa Unidade de Conservação, em Minas Gerais, até estudos sobre famílias de espécies encontradas no parque e em seu entorno, catalogando-as em vários grupos, além de reunir informações sobre estudos de geologia e fitofisionomias.

Em uma área de menos de 2.000 hectares, foram registradas 1.458 espécies de plantas, sendo 209 Briófitas, 171 Pteridófitas e 1.078 Fanerógamas; já na área de entorno do Parque, foram listadas 531 espécies, das quais aproximadamente metade não tinham sido localizadas no interior do PEIB. Segundo os autores, “Flora do Parque Estadual do Ibitipoca e seu entorno” pretende despertar interesse não só em estudiosos da área, mas também em curiosos e turistas, para que estes ajudem a cuidar do local e de sua biodiversidade. As informações compiladas na obra serão úteis, também, para monitorar e reduzir o impacto sobre determinadas áreas e populações de espécies ameaçadas ou de interesse especial.

São 10 capítulos, que se distribuem por 384 páginas em papel couché. O preço de capa é R$ 98,00, mais o valor do envio. Atenção: este site não comercializa livros. Quem se interessar em adquirir o novo lançamento da Editora UFJF pode entrar em contato com os autores, pelo e-mail: menini.neto@gmail.com

O Orquidário Nacional, mantido pelo IBAMA em sua sede, em Brasília, abriga uma espécie curiosa de orquídea – o Grammatophyllum speciosum (ver fotos). Ela se encontra no centro de um laguinho, na frente do orquidário. Aí se procurou recriar o ambiente natural em que ela ocorre, nas várzeas tropicais da Ásia. Graças aos cuidados que recebeu, tem florido regularmente.

Trata-se de uma planta epífita (ocasionalmente, rupícola), que forma touceiras espetaculares. Seus pseudobulbos cilíndricos podem atingir 2,5 m de comprimento, o que levou a ser chamada, popularmente, de Orquídea Gigante. As flores são de cor amarela, com marrom ou manchas vermelhas. Quando abrem, a cada dois, três ou quatro anos, os cachos chegam a lançar, cada um, 80 flores de 10 cm de largura. A florada dura até dois meses.

O Grammatophyllum speciosum é nativo de Nova Guiné, Indonésia, Malásia e Filipinas. Uma touceira dessa orquídea, pesando duas toneladas, foi destaque na exposição de 1851 no Palácio de Cristal, em Londres. Hoje, ela poderia ser vista numa bela área verde de Brasília, onde o IBAMA tem sua sede nacional. Acontece que as visitações foram suspensas. O Orquidário – conforme anunciado pela mídia e repercutido neste site – encontra-se fechado para visitação, por conta do precário estado de suas instalações.

A comunidade orquidófila e todos os amantes da natureza esperam uma rápida solução para o problema, pois se trata de um rico patrimônio da sociedade que precisa ser preservado. O Orquidário Nacional, além de servir de base para importantes estudos na área da Orquidologia, conduzidos ali pela engenheira florestal Lou Menezes, pesquisadora conhecida internacionalmente, desempenha um papel pedagógico fundamental. Todos os visitantes – crianças, jovens e adultos – se encantam, invariavelmente, com as orquídeas, aprendem sobre a importância de se preservarem seus ambientes naturais… e assim se tornam aliados do próprio IBAMA na defesa da fauna e da flora brasileiras.