Neste 5 de junho de 2017, Dia Mundial do Meio Ambiente, a Associação Cearense de Orquidófilos (ACEO) lembra alguns fatos que precisam alimentar nossas reflexões. São alertas para que a sociedade se mobilize mais – e com maior frequência – para denunciar os atos que, sucessivamente, atentam contra o ambiente natural e comprometem a própria habitabilidade do planeta:
- Aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa são desmatados, todo ano, em nosso País. Este processo acarreta inúmeros fatores negativos ao meio ambiente, entre eles, perda da biodiversidade, empobrecimento do solo, emissão de gás carbônico na atmosfera, alterações climáticas, erosão, entre outros.
- De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 80% da extração de madeira na Amazônia ocorrem de forma ilegal.
- A Caatinga já teve sua vegetação reduzida pela metade, devido ao desmatamento: 500 mil hectares são devastados a cada ano.
- A Mata Atlântica, que no passado ocupou 15% do território brasileiro, já perdeu 93% de sua cobertura vegetal.
- No Cerrado, o desmatamento começou na década de 1950, por conta da expansão das fronteiras agrícolas e das políticas públicas para ocupação do Centro-Oeste brasileiro. A intensa urbanização e as atividades agropecuárias fizeram com que 67% do bioma já tenham sofrido mudanças.
- A busca por um desenvolvimento econômico imediatista é o principal responsável pelos desmatamentos no Brasil, que tem relegado a segundo plano o desenvolvimento social e ecológico. Os problemas daí decorrentes, e que já são evidentes nos dias atuais – enchentes aqui, secas catastróficas ali, elevação da temperatura… – poderão atingir grandes proporções em um futuro não muito longínquo, caso não ocorra, de imediato, maior conscientização da sociedade e dos governantes com relação à destruição dos recursos naturais.
Todo orquidófilo deve ser um personagem atuante em defesa do meio ambiente. No Ceará, vamos dizer não ao desmatamento em nossas serras. Vamos denunciar as agressões socioambientais na faixa litorânea. Vamos procurar salvar o que resta da Caatinga. Para encerrar, um lembrete: membro da ACEO não pactua com o comércio (criminoso) de orquídeas retiradas do mato. Orquidófilo consciente não compra nem vende “orquídea do mato”.
Foto e edição: Italo Gurgel
Fonte: Mundo Educação