Por: Thiago Leopoldino Ferreira – do site orquideasblog.com
As orquídeas são muito numerosas em nosso planeta.
Com mais de 35.000 espécies e centenas de milhares de híbridos, elas precisam ser organizadas para que consigam ser identificadas facilmente.
Por isso, com o passar dos anos, os orquidófilos e botânicos começaram a classificar as orquídeas de várias maneiras.
Algumas dessas classificações são extremamente simples e qualquer pessoa pode fazer, enquanto, em outros casos, são necessários estudos na genética da planta.
Dentre as principais classificações estão:
- Gêneros (Phalaenopsis, Cymbidium, Epidendrum, etc)
- Por habitat (epífitas, litófitas, terrestres, etc)
- Por tipo de crescimento (simpodial, monopodial)
Neste artigo, você vai entender mais sobre como separar as orquídeas segundo o seu habitat natural e vai descobrir como isso pode ajudar em seu cultivo.
Tipos de orquídeas segundo o seu habitat
Antes de nos aprofundarmos sobre as classificações, é importante que você saiba o básico sobre o assunto.
Existem 5 tipos de classificações de orquídeas por habitat.
- Epífitas (vivem em árvores)
- Terrestres (vivem em materiais orgânicos)
- Rupícolas ou litófitas (vivem sobre pedras)
- Saprófitas (vivem no subsolo e não possuem clorofila)
- Humícolas (vivem no subsolo e possuem clorofila)
Dentre essas 5 classificações, apenas 3 são utilizadas para o cultivo, as epífitas, terrestres e rupícolas (raramente).
Nesse artigo, nós vamos nos aprofundar apenas nesses 3 tipos.
Orquídeas epífitas
As orquídeas epífitas formam a grande maioria das orquídeas cultivadas atualmente.
Como já dito, elas vivem em cima de árvores, mas atenção, orquídeas não são parasitas, elas utilizam a árvore apenas como apoio.
Dentre as principais espécies de orquídeas epífitas estão as dos gêneros:
- Phalaenopsis
- Vanda
- Catasetum
- Laelia
- Epidendrum
- Dendrobium
- Bulbophyllum (epífitas e rupícolas)
- Cattleya
- Entre várias outras.
Se você tem uma orquídea epífita, saiba que ela pode ser plantada em árvores e não pode ser plantada no solo.
Ou seja, se você têm uma Phalaenopsis ou qualquer outra orquídea epífita e quer plantá-la na terra, não faça isso, você vai matar sua orquídea.
Uma dica muito simples para se cuidar de orquídeas epífitas é olhar as suas raízes.
Elas possuem uma estrutura esponjosa que ajuda as orquídeas a retirarem água e umidade do ar, além de reter nutrientes.
Por isso, quando você for regar sua orquídea epífita, verifique as cores de suas raízes:
- Se elas estiverem verdes, a orquídea ainda não precisa ser regada
- Caso estejam brancas ou cinzas, já está na hora de regar.
Esse efeito pode ser visto principalmente nas orquídeas vandas.
Orquídeas terrestres
Também muito cultivadas, as orquídeas terrestres normalmente são plantas mais resistentes e recomendadas para cultivadores iniciantes.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não são todas as orquídeas terrestres que vivem apenas na terra, nas florestas, elas nascem em restos de matérias orgânicas de outras plantas.
Ou seja, elas sempre nascem em solos ricos em nutrientes.
Dentre as principais espécies de orquídeas terrestres estão as dos gêneros:
- Paphiopedilum (a orquídea sapatinho)
- Arundina (orquídea bambu)
- Sobrália
- Phaius
- Bletia
- Phragmipedium
- Entre várias outras.
Uma curiosidade é que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, existe uma grande diversidade de orquídeas terrestres.
Você provavelmente vai encontrar poucas sendo comercializadas, pois as orquídeas terrestres muitas vezes são confundidas com plantas normais e não são consideradas bonitas para serem cultivadas.
E ao contrário das epífitas, essas orquídeas não podem ser plantadas em árvores.
Mas tanto orquídeas epífitas quanto orquídeas terrestres podem ser plantadas em vasos
Se você é um iniciante no cultivo de orquídeas, escolher uma orquídea terrestre como a Paphiopedilum pode ser uma ótima opção.
O maior cuidado que você deve ter é com o espaço em sua casa, pois, essas orquídeas normalmente são de porte grande ou médio.
Orquídeas rupícolas
As orquídeas rupícolas são pouco cultivadas, provavelmente você não vai encontrar nenhuma orquídea com essa característica em seu orquidário.
Essas são plantas que crescem sobre matérias orgânicas que se juntam em rachaduras de rochas.
As orquídeas rupícolas costumam ser muito pequenas.
Isso ocorre, pois, em seu habitat natural, os nutrientes são escassos.
O principal gênero que possui algumas orquídeas rupícolas é o Hoffmannseggella (laelias).
Se você possui uma planta com essa característica, evite que suas raízes fiquem expostas ao sol direto, isso pode queimá-las.
Conclusão – Classificação das orquídeas segundo o habitat
Conseguir identificar as características de sua orquídea é algo essencial na hora de se cultivá-las.
Se você descobrir o seu habitat natural e sua espécie, o cultivo ficará mais simples.
Eu espero que com esse artigo você tenha entendido um pouco mais sobre essas características das orquídeas.
Evite cometer erros comuns entre iniciantes, como colocar orquídeas epífitas na terra.
Se você tiver alguma dúvida, deixe o seu comentário abaixo.
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